O diretor do Instituto Butantan, o médico Dimas Covas, comemorou, na manhã desta quarta-feira (11/11), a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o retorno dos estudos de fase 3 da vacina CoronaVac. “Uma excelente notícia no dia de hoje […]. A Anvisa compreendeu nossos argumentos”, disse Covas.
Os testes com a candidata produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Butantan, foram paralisados na segunda-feira (10/11), após a Anvisa receber um comunicado de que um dos voluntário teria sofrido um evento adverso grave não esperado.
“O óbito referido não tem relação com a vacina e, portanto, o estudo pode ser retomado”, reiterou Covas, admitindo, pela primeira vez, que o candidato em questão, de fato, morreu. Extraoficialmente, o que se sabe é que um Boletim de Ocorrência da Polícia Civil do Estado de São Paulo apontou que a natureza da morte do voluntário foi “suicídio consumado”. Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado confirmou a informação ao Correio.
Ao comentar a retomada dos estudos, Covas frisou, novamente, que a CoronaVac “é uma das vacinas mais seguras que está em desenvolvimento nesse momento”. “Esperamos, nesse momento, andar com esse processo o mais rapidamente possível, pois sabemos que um dia com vacina faz diferença. Nós precisamos dessa vacina o quanto antes e por isso a nossa urgência na finalização desse estudo”, disse Covas, agradecendo a rapidez e a compreensão da agência reguladora.
A retomada ocorre após envio de informações brutas pelo Comitê Internacional Independente, colegiado formado por especialistas que têm acesso a dados restritos do estudo em questão. A análise do comitê foi pela volta dos testes, entendendo que não houve relação entre a morte do voluntário e a aplicação da vacina.
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