BLECAUTE NO AMAPÁ

Governo autoriza repasse de R$ 21,6 milhões ao Amapá após apagão

Prazo definido pela Justiça para resolução acaba nesta terça-feira (10/11), mas não há previsão de resolução da falta de luz, que dura oito dias. 89% da população amapaense dependem de rodízios de energia

Bruna Pauxis*
postado em 10/11/2020 18:32 / atualizado em 10/11/2020 20:52
 (crédito: NELSON ALMEIDA / AFP)
(crédito: NELSON ALMEIDA / AFP)

O Ministério do Desenvolvimento Regional anunciou nesta terça-feira (10/11), por meio de duas portarias publicadas no Diário Oficial da União, a liberação de R$21,6 milhões para o Amapá. O dinheiro é destinado ao aluguel de geradores e compra de combustível para operação dos equipamentos, utilizados nos rodízios de energia que acontecem no estado desde domingo (8) após o apagão que já dura oito dias. As expectativas são de que os aparelhos aumentem a quantidade de energia distribuída à população, visto que 89% dos amapaenses contam com esse sistema.

No sábado (7), a Justiça Federal determinou prazo de três dias para que a empresa privada espanhola Isolux, responsável pela energia elétrica do Amapá resolvesse a situação. A população do estado conta, desde domingo, com um sistema de rodízio dividido em dois turnos: de 0h às 6h e 12h às 18h ou das 6h às 12h e 18h à 0h.

“Tapar o sol com peneira”

“A energia nunca volta no horário previsto. Aqui no residencial onde moro, o rodízio funcionou corretamente no primeiro dia. A partir do segundo, a energia não voltou no horário que estava previsto, à 0h, só por volta da 1h30”, conta José Vitor Carneiro, 22 anos, estudante, morador da capital, Macapá. Ele não acredita que o problema possa ser resolvido nesta terça. “Não tem como resolver uma situação como essa em um curto prazo. Acho que eles estão querendo tapar o sol com peneira e resolver a situação da forma mais rápida o possível. Com esse reparo rápido, o problema pode vir a acontecer novamente”, conta José.

Segundo as portarias, o dinheiro poderá ser destinado, também, à compra de combustível para aeronaves e viaturas e aluguel de veículos usados em operações de emergência. A previsão do Ministério de Desenvolvimento Regional é que essa retomada parcial dure até o fim desta semana, mesmo com a decisão judicial que impõe multa de R$ 15 milhões à empresa responsável

Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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