O ataque cibernético ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pode ser o mais grave já dirigido contra uma instituição de Estado do Brasil. Na tarde desta quinta-feira (5/11), o site O Bastidor publicou que o hacker responsável por invadir o sistema do STJ criptografou todo o acervo de processos do tribunal, além de ter bloqueado o acesso às caixas de e-mail de ministros. Backups de dados da corte também foram criptografados. O site do STJ está fora do ar desde terça-feira (3/11), quando foi identificado o ataque.
Os técnicos do tribunal e peritos de empresas terceirizadas ainda não conseguiram quebrar a criptografia e pode ser que nunca consigam. A íntegra do acervo do tribunal está bloqueada e indisponível. A Polícia Federal foi chamada para investigar o caso.
Ainda fora do ar, o site da instituição conta apenas com duas notas de esclarecimento. A primeira avisa aos visitantes do site de que a plataforma se encontra “em regime de plantão até restabelecimento da rede, STJ analisa pedidos urgentes” e a segunda diz que “em razão de ataque cibernético, STJ funcionará em regime de plantão até o dia 9”. Todos os prazos processuais administrativos, cíveis e criminais estão suspensos com data provável de volta ao funcionamento normal na próxima terça-feira (10/11).
Em nota oficial à imprensa, a Polícia Federal (PF) informou que instaurou inquérito policial para apurar as circunstâncias da invasão dos computadores do STJ. O comunicado diz que “as diligências iniciais da investigação já foram adotadas, inclusive, com a participação de peritos da instituição. Eventuais fatos correlatos poderão ser apurados na mesma investigação, que está em andamento na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal”.
*Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo
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