O jornalista Rodrigo Constantino foi demitido da rede Record nesta quinta-feira (5/11) após um comentário ter repercutido de forma negativa. O economista, que afirmou que não faria denúncia caso a filha dissesse que foi estuprada estando bêbada e a colocaria de castigo, havia sido demitido da rede Jovem Pan nesta quarta-feira (4/11).
No Twitter, Constantino apontou que foi usada a tática de pegar algo que foi dito e tirar do contexto, além de deturpar e espalhar a informação. Ele afirmou, ainda, que as demissões foram devido à pressão que os anunciantes sofreram e por quererem fugir de polêmicas, pediram a demissão do "pária". "A Record foi mais um veículo que não aguentou a pressão".
A Record foi mais um veículo que não aguentou a pressão. O departamento comercial pede "arrego", pois recebe pressão de fora, dos chacais e hienas organizados, dos "gigantes adormedidos". Sim, perdi mais um espaço, mas sigo com minha total INDEPENDÊNCIA e com minha INTEGRIDADE.
— Rodrigo Constantino (@Rconstantino) November 5, 2020
Segundo nota publicada pela Record, apesar de ter garantias de liberdade editorial e de opinião, Constantino não compactuou com os princípios da empresa de não aceitar nenhum tipo de agressão, violência, abuso, discriminação por questões de gênero, raça, religião ou condição econômica.
Nas redes sociais, o jornalista foi criticado pela cantora Anitta após dizer que não a respeitava como 'pensadora' nem como mulher: "Todo meu esforço ao educar a minha filha é justamente para ela ser o seu oposto. Tenho tido muito sucesso". Anitta respondeu ainda que estava aliviada por não ter o respeito de Constantino e afirmou torcer pela filha do jornalista para que ela seja quem ele realmente acha que ela é.
Leia a íntegra da nota da Record
Grupo Record informa o desligamento de Rodrigo Constantino
A decisão foi tomada em virtude das posições que o profissional assumiu publicamente sobre violência contra a mulher, em canais que não têm nenhuma vinculação com nossas plataformas.
O jornalismo dos veículos do Grupo Record tem acompanhado com muita atenção o caso de Mariana Ferrer e o Grupo não poderia, neste momento, deixar qualquer dúvida de que justiça não se faz responsabilizando ou acusando aqueles que foram vítimas de um crime.
Apesar de ter garantias de liberdade editorial e de opinião, julgamos que o posicionamento adotado por Constantino não compactuou com o nosso princípio de não aceitar nenhum tipo de agressão, violência, abuso, discriminação por questões de gênero, raça, religião ou condição econômica.
Este é o compromisso do jornalismo do Grupo Record.
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