A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, nesta sexta-feira (23/10), a importação de seis milhões de doses prontas da vacina chinesa CoronaVac. A remessa faz parte do acordo feito entre a farmacêutica Sinovac e o Instituto Butantan.
Responsável por produzir a vacina em território nacional, o Butantan aguarda, ainda, liberação para importar a matéria-prima da vacina, suficiente para fabricar mais 40 milhões de doses. Isso porque a Anvisa desmembrou o pedido de importação do Butantan.
O prazo máximo para análise das vacinas envasadas era de cinco dias, mas já foi deliberado nesta sexta. No entanto, quanto à liberação da matéria-prima, a agência alegou ter encontrado "discrepâncias apontadas no processo" e que " foram encaminhadas para o laboratório a fim de serem solucionadas".
"Caso o Instituto Butantan consiga solucionar as pendências apontadas no processo da excepcionalidade, aliada à avaliação das questões técnicas relativas às boas práticas de fabricação, a Anvisa executará os trâmites para decisão dentro da maior agilidade possível", esclarece a agência, por meio de nota oficial.
Laboratórios preparados
De acordo com o presidente do instituto, Dimas Covas, os laboratórios da instituição já estão preparados para iniciar as produções. "Assim que autorizada pela Anvisa, a matéria-prima será enviada pela China e, assim, iniciamos a produção logo na sequência [...]. Portanto, o que será disponibilizado para o ministério é uma vacina Butantan: brasileira e feita com matéria-prima vinda da China", disse durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, no Palácio dos Bandeirantes.
O objetivo do Butantan é já ter as vacinas prontas para quando a Anvisa verificar os estudos e autorizar o registro. Se conseguir cumprir o cronograma, os lotes estarão prontos até o fim do ano.