A queda do helicóptero que matou o jornalista Ricardo Boechat, em fevereiro de 2019, foi provocada por uma série de falhas de manutenção. A conclusão é de um relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Área Brasileira (FAB), divulgado nesta quinta-feira (29/10).
O acidente ocorreu em 11 de fevereiro de 2019 na Rodovia Anhanguera, no Rodoanel, em São Paulo. Além de Boechat, também morreu o piloto Ronaldo Quattrucci, de 56 anos.
Segundo o Cenipa, a queda do helicóptero foi provocada por falta de manutenção da aeronave, por atitudes do piloto de "inobservância de procedimentos importantes para a decisão de realizar um voo com segurança"; da cultura organizacional da empresa, "uma vez que foi possível observar um conjunto de práticas adotadas que gerava riscos inaceitáveis para a execução da atividade"; a indisciplina de voo, já que foi extrapolado "os limites da autorização operacional do operador e para o qual não era qualificado"; o Julgamento de pilotagem do comandante; e o processo decisório na hora da tragédia.
Além disso, o relatório, de 65 páginas, aponta que o compreensor da aeronave foi trocado pela última vez em 1988 e que as peças estavam vencidas. O laudo ainda diz que o tubo de distribuição de óleo estava entupido e que a troca de óleo, que deveria ser feita todos os anos, chegou a ficar três anos sem ser feita.
O acidente
O jornalista Ricardo Boechat morreu, aos 66 anos, na queda do helicóptero no Rodoanel, em São Paulo. Ele voltava de Campinas, onde tinha dado uma palestra em um seminário.
A aeronave se chocou com um caminhão, no momento em que tentou fazer um pouso de emergência.
Filho de diplomata, Boechat nasceu em Buenos Aires, em 13 de julho de 1952, e deixou a mulher, Veruska Boechat, e seis filhos. Um dos mais renomados jornalistas do país, passou pelas redações dos jornais O Globo, O Dia, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. Ele era âncora de telejornal e comentarista de rádio no Grupo Bandeirantes.
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