O presidente do Grupo Boticário, Artur Grynbaum, anunciou em uma postagem em seu LinkedIn, nesta terça-feira (29/9), que a companhia não vai mais usar o termo “Black Friday” para se referir ao período de descontos em produtos que ocorre anualmente em novembro. O período na empresa vai passar a ser chamado de “Beauty Week”.
O CEO, em sua publicação, afirma que não há dados científicos que comprovem que tal termo esteja relacionado à questão da escravatura, mas reafirma a política de inclusão e diversidade da companhia. Por isso, a iniciativa, que surgiu nas equipes dentro da empresa, é para respeitar os movimentos que se sentem desconfortáveis com a expressão.
“Esse pensamento coletivo pulsando no GB me enche de orgulho e esperança, e cabe esclarecer por que, para nós, não faz mais sentido usar o termo Black para definir este movimento do varejo. Em junho deste ano, assumimos um compromisso público na nossa jornada pela equidade racial com o objetivo de responder de maneira prática aos gaps existentes e garantirmos avanços reais, rápidos e consistentes”, diz Grynbaum na publicação.
Além disso, o presidente do Grupo Boticário convida outras empresas para essa reflexão e possível mudança do termo “Black Friday” no período de descontos que se aproxima.
Publicação divide opiniões nas redes sociais
A publicação de Artur Grynbaum está entre os assuntos mais comentados nesta terça-feira no Twitter Brasil e divide opiniões.
Magazine Luiza
Neste mês, a rede varejista Magazine Luiza lançou um programa de trainee exclusivo para negros. Nas redes sociais, a empresa foi acusada de "racismo reverso". Onze ações judiciais foram impetradas na Justiça contra o processo — todas acabaram arquivadas.
*Estagiária sob supervisão de Fernando Jordão