O Instituto Gremar está tratando de uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) que foi encontrada na faixa de areia de Itanhaém, no litoral de São Paulo. Os biólogos e veterinários da organização afirmam que cerca de 5kg de parasitas, entre sanguessugas e lepas — pequenos crustáceos que se prendem a animais e objetos que ficam na superfície do mar — foram retirados do animal marinho.
De acordo com o Instituto Biopesca, a tartaruga, que se trata de um jovem macho de 79 kg, foi achada no último dia 7. Ela foi encaminhada à Unidade de Estabilização de Praia Grande, onde recebeu os primeiros cuidados e transferida para o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos do Instituto Gremar, em Guarujá, no dia 14 deste mês.
Ela está alocada sob observação em um tanque de baixo volume d'água, com controle de temperatura e fazendo sessões de oxigenoterapia, segundo informações do Gremar. Recentemente, o réptil precisou passar por transfusão de sangue.
Espécie pouco comum na região
De acordo com o Instituto Biopesca, que realizou o resgate da tartaruga-cabeçuda, é pouco comum encontrar animais desta espécie na região do litoral paulista. Em cinco anos, apenas quatro tartarugas foram encontradas vivas durante monitoramento do trecho.
A tartaruga-cabeçuda conta com uma mandíbula extremamente forte, apropriada à dieta composta de caranguejos, moluscos, mexilhões e outros invertebrados que devem ser triturados antes de ingeridos.
Institutos
Os Institutos Biopesca e Gremar são instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
O projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre animais marinhos.