Após exatos quatro meses no cargo de ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello foi efetivado como gestor da pasta nesta quarta-feira (16/9). Ao fazer um discurso de continuidade, como ele mesmo definiu, Pazuello ressaltou que o país alcançou uma “situação de estabilidade bem definida” diante do novo coronavírus, com algumas regiões do país com números em total declínio. Além disso, o ministro reforçou a mudança de protocolo para o tratamento precoce da covid-19.
“Como resultado desse esforço conjunto, conseguimos alcançar uma situação de estabilidade bem definida. No Norte e no Nordeste, onde os números estão em total declínio, a população já está voltando para suas atividades normais. No Centro-Sul, a tendência de queda é clara e já podemos visualizar o retorno à normalidade muito em breve”, destacou durante o discurso.
Ao iniciar a fala, Pazuello definiu a situação como inédita. “Fazer um discurso neste nível, neste momento e nesta cerimônia, onde não estou chegando e tampouco me despedindo, é uma situação inédita. Então será um discurso de continuidade.”
Agradecendo a confiança do presidente, o ministro efetivado destacou o desafio de iniciar a participação na pasta “no momento mais crítico da pandemia. Literalmente tivemos que trocar a roda do carro andando”. Garantiu, ainda, que “teve liberdade total para implementar as medidas que eram necessárias”.
Militarismo da pasta
Militar de carreira, Pazuello trouxe consigo mais de 20 colegas de farda para compor a equipe, a minoria com atuação na Saúde. O movimento, segundo ele, foi pequeno, mas necessário “para enfrentar o desafio”. “Encontramos no Ministério um corpo técnico comprometido e pronto para trabalhar juntos. Isso foi fundamental”, completou.
As relações para fora do âmbito ministerial também foram destacadas no discurso. Pazuello ressaltou a importância do apoio interministerial, além do fortalecimento da gestão tripartite, apoio entre governos federal, estaduais e municipais.
Tratamento precoce
O general reforçou a mudança de protocolo de tratamento da covid-19 indicada pela pasta. “O Ministério da Saúde e o mundo todo, em um primeiro momento, acreditaram que a melhor conduta era ficar em casa aguardando a melhora dos sintomas. Nós vimos que não era o melhor remédio. O aprendizado ao longo da pandemia nos mostrou que quanto mais cedo atendermos aos pacientes melhores são suas chances de recuperação”, indicou.
“O tratamento precoce salva vidas. [...] Com o fortalecimento dessa conduta, já alcançamos mais de 3,6 milhões de pessoas recuperadas, um dos maiores quantitativos do mundo”, relatou aplaudido pelo público presente.