Um vídeo em que a cantora gospel Ana Paula Valadão, ao lado de um pastor, condena a homossexualidade viralizou na internet neste sábado (12/9) e foi alvo de críticas de lideranças LGBTs.
As imagens foram feitas no programa apresentado por Ana Paula na Rede Super, o Diante do trono. Ela então diz que relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo não são normais e que se tratam de uma "opção", noção contrária ao que diz o Conselho Federal de Psicologia, que considera a homossexualidade uma orientação sexual.
"Isso (homossexualidade) não é normal. Deus criou o homem e a mulher. E é assim que nós cremos. Qualquer outra opção sexual é uma escolha do livre arbítrio do ser humano. E qualquer escolha leva a consequências. E a Bíblia chama qualquer escolha contrária ao que Deus determinou como ideal, como ele determinou para ser, chama de pecado. E o pecado tem uma consequência, que é a morte", afirma a cantora.
Ana Paula, então, diz que a Aids foi uma consequência da homossexualidade. "Tudo que é distorcido traz consequência naturalmente. Nem é Deus trazendo uma praga ou um juízo não. Taí a Aids pra mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte, contamina as mulheres. Enfim, não é o ideal de Deus." A cantora religiosa ainda diz que o sexo dentro do casamento é o único sexo seguro. "Sabe qual é o sexo seguro, que não transmite doença nenhuma? O sexo seguro chama-se aliança do casamento", completa, sendo aplaudida pela plateia.
A repercussão do vídeo acontece dois dias depois de outro cantor gospel, André Valadão, causar revolta na comunidade LGBT ao dizer que "igreja não é para gays". O vídeo de Ana Paula também fez com que lideranças LGBT reagissem. Muitos lembraram que a incidência da doença é maior hoje entre heterossexuais e que as mulheres casadas são um dos grupos mais vulneráveis ao HIV.
"Ana Paula Valadão atribui aos gays a disseminação da AIDS e diz que casais heterossexuais são "imunes", contrariando a ciência e o senso comum. Fé religiosa não é salvo conduto para ser homofóbica, sorofóbica e cometer crimes contra a saúde pública. Precisa ser responsabilizada!", escreveu no Twitter o ativista gay William de Lucca. A entidade Aliança Nacional LGBTI+ anunciou que vai processar a religiosa.
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