Após um feriado que mostrou a queda do isolamento social no Brasil, o país registrou, nesta terça-feira (8/9), mais 14.279 casos do novo coronavírus e 504 mortes pela covid-19. Os números são do Ministério da Saúde, que já soma no balanço 4.162.073 infecções e 127.464 mortes pela doença.
Com a diminuição dos números, a média móvel de casos dos últimos sete dias está em 30.163, enquanto a de mortes caiu para 695, segundo cálculos do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Os índices de óbitos não são tão baixos desde meados de maio, quando a pandemia se intensificava no país.
Apesar dos novos registros mostrarem números menores do que a média móvel, especialistas preveem que as aglomerações vistas no último fim de semana só reflitam nas atualizações daqui a duas semanas.
O professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) Jose Alexandre Felizola Diniz reforça que há várias evidências de que a redução do isolamento social e o aumento nas aglomerações se refletem em mais transmissões do novo coronavírus. Para ele, as consequências dessa queda do isolamento, em termos de hospitalizações e de óbitos, dependem da parte da população que se contamina e como ela repassa para os grupos mais vulneráveis.
“Na prática, as faixas etárias não estão isoladas. Um jovem vai ter um pai com comorbidades ou uma avó mais idosa, ou vai ter um amigo que tem parentes nessas situações, e por aí vai...ou seja, temos cadeias de transmissão complexas que permeiam a sociedade. Ou seja, os grupos ou faixas etárias, de fato, não estão isoladas”, avalia.
Estados
São Paulo e Rio de Janeiro são as únicas unidades da Federação com mais de 10 mil mortes. O estado paulista lidera o ranking negativo de mortes provocadas pela covid-19, com 31.430 vidas perdidas pelo novo coronavírus; seguido pelo carioca, com 16.646 vítimas.
Em seguida estão: Ceará (8.567), Pernambuco (7.741), Pará (6.269), Minas Gerais (5.877), Bahia (5.734), Amazonas (3.855), Rio Grande do Sul (3.800), Maranhão (3.508), Paraná (3.537), Espírito Santo (3.529), Goiás (3.450), Mato Grosso (2.893), Distrito Federal (2.700), Paraíba (2.551), Santa Catarina (2.442), Rio Grande do Norte (2.295), Alagoas (1.943), Piauí (1.915), Sergipe (1.909) e Rondônia (1.193). No pé da tabela estão: Mato Grosso do Sul (987), Tocantins (758), Amapá (675), Acre (630), Roraima (598).