Dados levantados na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística revelam que o acesso aos planos de saúde ainda é restrito. Da população brasileira, 28,5% tinham algum plano de saúde, médico ou odontológico. Esse número equivale a menos de um terço da população, 59,7 milhões de pessoas. Quando essa análise filtra em relação a pessoas com menores rendimentos a proporção dos que têm cai de forma considerável.
De acordo com as informações levantadas, se a situação á avaliada entre pessoas com rendimento mensal de até um quarto de salário mínimo, somente 2,2% destas tinham plano. Já na faixa de mais de cinco salários mínimos, a porcentagem de pessoas que tinham plano subiu para 86,8%. O nível de instrução também foi analisado e os dados apontam que quanto maior o nível de instrução, maior a cobertura. A variação é de 16,1%, entre as pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto, a 67,6%, para quem possui nível superior completo.
Os dados ainda apontam que boa parte dos beneficiários dos planos de saúde dependiam do empregador para pagar parte ou integralmente o plano. Seriam 46,2% de titulares que arcaram com os custos diretamente ao plano e 45,4% pe pessoas que dependiam dos empregadores para pagar pelo serviço.
Sobre a qualidade dos planos de saúde, 77,4% daqueles que tinham algum plano médico avaliaram o plano como bom ou muito bom. As consultas são o serviço com maior cobertura entre os planos, 99,1%, seguida pelos exames, 98,3%. Também com parcelas consideráveis da população, 91,6% dos planos cobria internações e 77,6% partos.