Empresas que seriam um “importante braço financeiro” do Primeiro Comando da Capital (PCC) para a lavagem de dinheiro são alvos de operação da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (30/9). Dados do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicam movimentação financeira de R$ 30 bilhões da organização criminosa.
Na ação — batizada de Operação Rei do Crime —, mais de 70 empresas foram interditadas e tiveram as contas bloqueadas em valores que chegam a R$ 730 milhões. Foi determinado também o sequestro de 32 automóveis, 9 motocicletas, 2 helicópteros, 1 iate, 3 motos aquáticas, 58 caminhões e 42 reboques. Há ainda o bloqueio de imóveis de luxo junto aos cartórios em São Paulo e Balneário Camboriú (SC).
Além disso, são cumpridos 13 mandados de prisão preventiva e 43 de busca e apreensão, em São Paulo, Bauru (SP), Igaratá (SP), Mongaguá (SP), Guarujá (SP), Tremembé (SP), Londrina (PR), Curitiba (PR) e Balneário Camboriú (SC).
De forma inédita, a Polícia Federal solicitou em juízo que as empresas utilizadas para a lavagem de dinheiro detectadas nesta operação — entre elas postos de combustíveis, lojas de conveniência e escritórios de assessoria e contabilidade — seguissem em funcionamento, mas que passassem a ser administradas pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, “com o intuito de não prejudicar seus funcionários e terceiros de boa-fé.”
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