Indicadores relacionados à atenção primária na saúde no Brasil entre 2013 e 2017 apresentaram melhora, de acordo com os dados divulgados no Atlas do Desenvolvimento Humano, nesta terça-feira (29/9). Já taxas relacionadas a mortalidade por doenças não transmissíveis e mortes por suicídio apresentaram um aumento. Os dados ainda trazem informações também sobre frequência de mortes por acidente de trânsito e incidência de AIDS.
Entre as constatações positivas, o levantamento realizado mostra que entre 2013 e 2017 houve queda na mortalidade infantil, que passou de 13,39% para 12,38%. Esses números se mostram mais altos em meninos do que em meninas, divergindo mais de um ponto percentual entre cada um.
Em relação a mortalidade materna, os dados levantados apontam uma desigualdade no cenário vivenciado por mães negras e mães brancas. Em 2017 a taxa de mortalidade materna no Brasil era de 58,77 por 100 mil habitantes nascidos vivos. Porém, nesse mesmo ano, os números apontam que a mortalidade materna entre mulheres negras foi quase duas vezes maior que entre as brancas, sendo 20,23 entre brancas e 38,98 entre negras.
A incidência da AIDS no Brasil ficou menor comparada entre 2013 e 2017, indo de 11,39 para 12,81 o número por 100 mil habitantes. A região Sudeste apresentou o aumento mais significativo, de 27%. Já o Sul teve a queda mais marcante, de 7%. Novamente a população negra aparece desfavorecida, apresentando uma quantidade maior de incidência da AIDS por pessoas a cada 100 mil habitantes: 5,05 entre os brancos, e 6,92, entre os negros.
A frequência de mortes por acidentes de trânsito foi 4,5 vezes maior entre os homens em 2017. Comparando o ano de 2013 e 2017, nota-se queda, partindo de 21,43% para 17,40%.
As taxas apresentadas dizem respeito ao Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 3, que abrange saúde e bem estar. Esse ODS faz parte da Agenda 2030 e busca “assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”.
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