Dois policiais miliares da Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicleta (Rocam) de São Paulo abordaram um policial civil negro, enquanto ele trabalhava, nesta quinta-feira (17/9), na Zona Sul da capital paulista. É a segunda vez que esse policial é abordado por colegas brancos. De acordo com o boletim de ocorrência, mesmo depois que o policial se identificou, os PMs teriam impedido a saída dele do local.
O policial negro estava em uma viatura descaracterizada quando foi parado pelos policiais brancos. Segundo o relato, depois de se identificar, outras viaturas chegaram e ele só foi liberado após uma segunda identificação. Os PMs, por sua vez, alegaram que não era possível saber quem estava no veículo, por conta da película escura.
De acordo com a ONG de direitos humanos Ponte Jornalismo, a abordagem gerou várias reclamações de policiais em grupos de WhastApp. “Qualquer cachorro corre do Cobalt [modelo do veículo] na rua porque sabe que essas p* são viatura. Os p* tão fazendo isso de propósito”, teria dito um.
Essa é a segunda vez que o mesmo policial é abordado por colegas de profissão enquanto trabalha. Na primeira vez, em 8 de junho, um policial militar branco teria dito para ele frases como "vai, negão, deita no chão" e "que polícia que nada, seu filho da p*", enquanto ele conduzia três suspeitos. O PM fugiu sem se identificar, mas foi registrado um boletim de ocorrência e acionada a Corregedoria da corporação.
Saiba Mais
- Brasil Adriana Calcanhotto doa direitos de música para família do menino Miguel
- Brasil "Sou negra sim", diz mulher acusada na internet de fraudar cotas
- Brasil Acusada de fraudar cotas cita Neymar e Beyoncé em vídeo no qual se defende
- Mundo Policial americano vira réu 16 meses depois de assassinar mulher negra
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.