Uma mulher grávida de nove meses foi encontrada morta em Canelinha (SC), com ferimentos na barriga. Flávia Godinho Mafra, de 24 anos, estava há quase 24h desaparecida e a suspeita é que as marcas tenham sido feitas por golpes de estilete, desferidos por uma "amiga", que teria arrancado o bebê da vítima e fingido ela mesma, em praça pública, estar dando à luz à criança.
De acordo com o delegado à frente do caso, Paulo Freyesleben e Silva, a suspeita chamou a gestante para um chá de fralda na cidade. “Durante o trajeto, ela desviou e entrou numa cerâmica abandonada. Ali, se armou com tijolo e desferiu os golpes na cabeça da vítima, fazendo que ficasse inconsciente”, conta. "Depois, de posse de um estilete, abriu o abdômen da vítima e retirou a criança de seu ventre, indo para a via pública e simulando um parto espontâneo, natural, como se estivesse estourado a bolsa dela”.
Mulher e recém-nascido foram socorridos por transeuntes e encaminhados ao hospital, onde a equipe médica constatou que o bebê apresentava cortes e não apresentava sinais de ter passado por um parto e acionou a polícia. Flávia foi enterrada na cidade, neste sábado, sob forte comoção de amigos e familiares.
Marido da autora também é suspeito
Aos agentes, a mulher confirmou que matou a gestante e que havia planejado o crime há dois meses. O motivo do crime seria que ela, que também ficou grávida nos últimos meses, perdeu a criança em janeiro e não teria comunicado à família, por isso forjou o parto do bebê roubado.
A suspeita alegou que o marido não tinha conhecimento da morte. Mas, segundo o delegado, a dinâmica do crime levantou suspeitas e por isso ele também foi autuado em flagrante por participação.