Uma nova portaria do Ministério da Saúde, lançada nesta sexta-feira (28/8) vai priorizar o atendimento materno no âmbito da covid-19, com destinação de R$ 260 milhões para dar suporte às grávidas e equipes de atendimento da saúde. O balanço da pasta mostra que há 2.718 casos de covid em grávidas e 155 delas não resistiram ao vírus. Entre as puérperas, 713 testaram positivo para a doença e 117, morreram.
Entre as ações que devem ser abarcadas com o recurso financeiro está incluso o incentivo de até R$ 7.280 para apoiar distanciamento social para mulheres grávidas e puérperas que não possuam condições de realizar distanciamento social. “Cabe ao governo fornecer esse isolamento. O município decidirá como será feito, se ela ficará em um hotel, ou outra medida", disse o secretário de Atenção Primária à Saúde; Raphael Parente.
Outro ponto que secretário classifica como ideal é a testagem ampla de toda gestante no final da gravidez, inclusive as assintomáticas. "O ideal, como está no manual, e fazer uma testagem de toda e qualquer gestantes no final da gravidez, inclusive nas assintomáticas, diferente da população geral, para ficar claro".
Parente explica que a percepção das gestantes como grupo de risco só pode ser vista em meados de abril. “No início da pandemia não conseguisse fazer uma correlação direta entre mortes de gestante a covid. Mas, em meados de abril, começou a notar, assim, uma associação. Principalmente no final da gravidez e no puerpério”, indicou.
O ministério espera, com as novas regras, melhorar as ações de atenção ao pré-natal, parto, nascimento e puerpério no contexto da pandemia, reduzir mortes maternas evitáveis, implementar medidas adequadas para o manejo e referência de gestantes e de puérperas com covid-19, de acordo com a gravidade de cada caso. O objetivo é beneficiar cerca de 800 mil mulheres já acompanhadas pelo SUS e 3 milhões de gestantes e puérperas.