Na denúncia apresentada contra a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) e demais acusados pela morte de Anderson do Carmo, o Ministério Público do Rio de Janeiro diz que ao menos seis vezes os suspeitos tentaram matar o pastor envenenado. Ele foi executado com mais de 30 tiros em 16 de junho do ano passado.
Além da cantora, 11 pessoas foram denunciadas pelo crime, sendo que 9 são alvos de prisão preventiva nesta segunda-feira (24/8). Os dois demais, filhos do casal, já estão presos por envolvimento no crime.
A acusação diz que Flordelis é a mentora do crime. Ela não é alvo de prisão por ter imunidade parlamentar. A deputada é acusada de arquitetar o homicídio, reunir e convencer todos os envolvidos a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio.
“As ações dos demais denunciados são descritas em diferentes etapas como no planejamento, incentivo e convencimento para a execução do crime, assim como em tentativas de homicídio anteriores ao fato consumado, pela administração de veneno na comida e bebida da vítima, ao menos seis vezes, sem sucesso, segundo apontaram as investigações”, diz o MPRJ.
A morte de Anderson do Carmo
Anderson do Carmo foi morto em de junho do ano, dentro da casa onde morava com a deputada e parte dos 55 filhos, em Niterói (RJ). Dois dias depois do crime, policiais encontraram a arma usada no crime enrolada em um pano, em um armário, na casa da família. Além disso, um edredom com manchas de sangue e uma fogueira com objetos queimados também foram encontrados.
Dois dos filhos do casal, Lucas de Souza e Flávio Rodrigues, já estavam presos acusados do assassinato. Flordelis e outros denunciados também são acusados do crime de uso de documento falso, por tentarem, através de carta redigida por Lucas, atribuir a pessoas diversas a autoria e ordem para a prática do homicídio.
O inquérito concluiu que Anderson foi morto por questões financeiras e poder na família. Os réus responderão também por associação criminosa. A reportagem tenta contato com a defesa da parlamentar.