O número de notificações do novo coronavírus no Brasil chegou, ontem, a 3.317.096, sendo 41.576 registradas nas 24 horas anteriores, conforme dados do Ministério da Saúde. Nesse mesmo período, segundo a pasta, foram contabilizados 709 casos fatais, o que elevou o total de mortos pela pandemia no país a 107.232.
O estado de São Paulo mantém-se como o epicentro da pandemia no Brasil, com um total de 697.530 casos e de 26.780 mortes. Em seguida vem a Bahia, com 214.379 notificações e 4.338 óbitos. O Ceará vem em terceiro lugar: 197.381 infectados e 8.129 casos fatais.
O Brasil continua como segundo país do mundo com mais notificações e mortes por covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (5,34 milhões e 169 mil, respectivamente), segundo a Universidade Johns Hopkins.
Ao todo, no Brasil, 2.404.272 pessoas recuperaram-se da doença, segundo o Ministério da Saúde. Outras 805.592, conforme a pasta, seguem em acompanhamento.
Rio
No Rio de Janeiro, o dia de ontem foi marcado pela reabertura de pontos turísticos tradicionais, como o Cristo Redentor. Os visitantes tiveram que usar máscara, guardar distância mínima de dois metros entre si e foram proibidos de deitar no chão — uma posição comum entre os que desejam encontrar o melhor ângulo para foto.
O santuário, localizado no Morro do Corcovado (710m de altura), no Parque Nacional da Tijuca, suspendeu as visitas em março, mas continuou aberto a celebrações religiosas, com missas sem público e homenagens às vítimas da pandemia e aos profissionais de saúde.
Também foram reabertos ao público o bondinho do Pão de Açúcar, o AquaRio e a roda gigante Rio Star, uma atração inaugurada no ano passado na zona portuária da cidade.
“Rumo a um desfiladeiro”
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou, em entrevista publicada ontem pelo jornal britânico The Guardian, que o presidente Jair Bolsonaro levou o povo brasileiro para um “desfiladeiro” com sua resposta à pandemia e será criticado por isso por historiadores no futuro. Na entrevista, Mandetta classificou como a postura do presidente “cambaleante, interessado em si próprio e anticientífica”. Mandetta foi o primeiro ministro da Saúde de Bolsonaro e deixou o cargo em abril deste ano, após divergências com o presidente.