O Brasil registrou pelo segundo dia consecutivo nesta semana mais de mil mortes e mais de 50 mil infecções pelo novo coronavírus em 24 horas. Nesta quarta-feira (12/8), mais 55.155 casos e 1.175 óbitos foram adicionados no balanço da covid-19 feito pelo Ministério da Saúde, que já soma 3.164.785 contaminados e 104.201 mortes.
O país, que é a segunda nação com os maiores números da doença, tem quase todo o território tomado pela covid-19. Somente 85 municípios ainda não registraram nem um caso da doença. Enquanto 98,5% das cidades do Brasil têm pelo menos uma infecção confirmadas, 68% dos municípios já confirmaram óbitos de covid-19.
Em coletiva, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, voltou a ressaltar que apesar de avaliar a curva nacional de covid-19, é preciso levar em conta o tamanho do país e a sazonalidade da doença no país. “Você teve uma doença que teve um impacto muito grande na região Norte e Nordeste por volta da 17ª a 20ª semana epidemiológica, enquanto na região Sul e Centro-Oeste a gente teve o impacto nas últimas semanas. A doença se comporta e tem se comportado de forma diferente em determinadas regiões do país”, indicou durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta.
Apesar de informar que o impacto maior já passou na região Norte, ela foi a única que apresentou incremento de casos e mortes ao observar os números da semana epidemiológica número 32 em comparação com os dados da semana 31.
No Norte, houve incremento de 14% no número de infecções e 15% em relação aos óbitos registrados. Somente a região Nordeste apresentou redução, tanto de casos (-12%) quanto de mortes (-6%). Centro-Oeste, Sul e Sudeste indicaram estabilização na comparação.
Aumento de testes
Durante a coletiva de imprensa, a pasta também ressaltou o aumento do número de exames realizados em pessoas com suspeita da covid-19 ou de vírus respiratórios. Além disso, reforçou as recomendações de procurar um médico, o hospital ou a UPA no aparecimento de qualquer sintoma, ao invés de ficar em casa, e as tradicionais condutas de prevenção como o uso de máscaras, isolamento social, evitando aglomerações, e higienização frequente.
Enquanto a média de teste geral (desde os primeiros casos de covid-19 confirmados no Brasil) é de 78.258 exames por semana, a média das últimas cinco semanas foi de 118.916 testes por semana. "Isso reflete o esforço de aumentar a testagem no país", diz o secretário de Vigilância em Saúde.
De 1 de março até 8 de agosto, 37,8% dos exames deu resultado positivo para covid-19, representando 680.624 de casos confirmados em média por unidade federativa. A rede privada de saúde foi responsável pela maior parte dos testes, totalizando 2.010.387. A rede pública de saúde realizou 1.799.935.