O ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos deixou a Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na região metropolitana do Rio, na noite desta quinta-feira (7). Santos, que também é oficial médico da PM fluminense, estava preso na unidade desde o dia 10 de julho suspeito de participar de processos ilegais em contratos emergenciais durante a pandemia de covid-19.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) não deu detalhes sobre a decisão de soltura porque o processo ocorre em segredo de Justiça. O ex-secretário teria firmado acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, mas a PGR também ainda não confirmou oficialmente essa informação e nem que quer concentrar as investigações relativas a fraudes na saúde do Rio.
Edmar Santos foi preso em uma das fases da operação Mercadores do Caos, do Ministério Público do Estado do Rio, com o apoio da Polícia Civil. A operação investiga um esquema de compras superfaturadas de ventiladores pulmonares pela Secretaria de Saúde.
O ex-secretário responde pelos crimes de organização criminosa e peculato. Paralela a essa investigação, o Ministério Público Federal também apura esquemas irregulares na saúde do Rio. Essas investigações resultaram na Operação Placebo, deflagrada pela Polícia Federal em maio, e que teve o governador Wilson Witzel e sua esposa como alvos dos mandados de busca e apreensão.
O Ministério Público do Rio foi procurado para comentar a soltura de Edmar Santos, mas disse apenas que por determinação judicial não se pronunciará sobre o tema.