Investigação

PF coloca mais de mil homens nas ruas em operação contra o PCC

Ação tem como objetivo investigar os crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Líderes do grupo recebiam auxílio em dinheiro, mesmo presos

Renato Souza
postado em 31/08/2020 07:43
 (crédito: Polícia Federal/Divulgação)
(crédito: Polícia Federal/Divulgação)

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira (31), uma mega operação para desarticular o Primeiro Comando Capital (PCC), a maior facção criminosa do país.

Mais de 1.100 homens cumprem 623 ordens judiciais, sendo 422 mandados de prisão e 201 de busca e apreensão, em 19 estados e no DF, além do bloqueio judicial de até R$ 252 milhões.

As investigações apontaram que líderes da facção, mesmo presos, recebiam uma espécie de auxílio. O valor era repassado aos criminosos por meio de contas de parentes indicadas por eles.

Além dos lideres, quem cumpria tarefas consideradas mais complexas, como o assassinato de agentes públicos, também recebia os repasses.


De acordo com a PF, a operação investiga o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro em todo o território nacional. Ainda de acordo com a corporação, "os dados obtidos na Operação Caixa Forte - Fase 01 revelaram que os valores auferidos com o comércio ilícito de drogas eram, em parte, canalizados para inúmeras outras contas bancárias da facção, inclusive para as contas do “Setor da Ajuda”, aquele responsável por recompensar membros da facção recolhidos em presídios".

Durante as diligências, foram identificados 210 integrantes do alto escalão da facção, que cumprem pena em presídios federais, que recebiam valores mensais por terem ocupado cargos de relevo na organização criminosa ou executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos.

A PF informou que os presos "são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 28 anos de prisão". Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte/MG.

O Correio apurou que no DF são cumpridos três mandados de prisão e dois de busca e apreensão.

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