O namorado da adolescente que é suspeita de ter atirado e matado Isabele Ramos, de 14 anos, prestou depoimento à Polícia Civil de Cuiabá e afirmou que a garota não sabia que a arma estava carregada. O caso aconteceu em 12 de julho, na capital de Mato Grosso. As informações são do portal G1.
A tragédia ocorreu na casa da adolescente, de também 14 anos, em um condomínio de luxo na cidade de Cuiabá. A adolescente Isabele Guimarães Ramos, morreu ao levar um tiro na cabeça, disparado por uma amiga que manuseava uma pistola calibre 380.
Ainda de acordo com o G1, a polícia questionou o rapaz se a namorada havia visto que ele tinha inserido o carregador da arma. Ele, por sua vez, respondeu que não viu porque estava de costas, apesar de estarem no mesmo ambiente.
O adolescente também foi questionado por mensagens apagadas em celulares apreendidos para a investigação do caso. E, ele afirmou que o conteúdo era de pessoas comentando o crime, umas criticando a família e outras defendendo.
Ao Correio, a Polícia Civil do Estado (PCMT) afirmou que o namorado da autora do disparo foi ouvido a pedido da defesa dele, pois estava no local do crime, e que o teor do depoimento não pode ser divulgado, já que se trata de um inquérito em andamento e por envolver menor de idade.
A Polícia, por meio da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e da Delegacia dos Direitos da Criança e do Adolescente de Cuiabá (Deddica) caminha para a parte final da investigação. A estimativa é de na próxima semana o inquérito seja concluído pelos delegados que presidem as investigações.
Ainda segundo a PCMT, O laudo da reprodução simulada, realizada no último dia 18 de agosto, está em elaboração pela equipe de criminalística da Perícia Oficial do Estado. Durante o inquérito, os delegados ouviram 24 pessoas em depoimentos.
Relembre o caso
A adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, morreu depois de ser atingida por um tiro na cabeça. De acordo com a Polícia Militar, a amiga da vítima, também adolescente de 14 anos, que teria disparado a arma.
Segundo o advogado da família, a arma teria disparado acidentalmente quando a adolescente foi guarda-la. A família é formada por praticantes de tiro esportivo.
O laudo divulgado em agosto, porém, apontou que a bala que matou a adolescente não foi de um disparo acidental. O relatório esclareceu que existe uma diferença entre tiro acidental e involutário. O primeiro é quando a arma dispara sozinha. Já na segunda situação é quando a pessoa atira sem a intenção.
Segundo o laudo, nesse caso o disparo acidental não seria possível. A arma em questão só teria como produzir tiro se estivesse carregada, engatilhada, destravada e que alguém acionasse o gatilho.
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