Seis filhos e uma neta da deputada Flordelis Souza (PSD-RJ) são alvos de mandados de prisão preventiva no âmbito do caso do homicídio de Anderson do Carmo, então marido da parlamentar. Ela é apontada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como mentora do assassinato. Também foi determinada a prisão preventiva de outras duas pessoas, somando nove mandados, e no total 11 pessoas foram denunciadas.
André Luiz de Oliveira, Carlos Ubiraci Francisco da Silva, Adriano dos Santos Rodrigues, Marzy Teixeira da Silva, Flávio dos Santos Rodrigues e Simone dos Santos Rodrigues, sendo esses dois últimos filhos biológicos da deputada, foram denunciados e tiveram prisão preventiva decretada. André e Carlos são também secretários parlamentares da deputada. Ambos estão no cargo desde março do ano passado e recebem, cada um, R$ 15,7 mil. No caso de Flávio, ele já estava preso desde o ano passado.
A outra prisão é contra Rayane dos Santos Oliveira, neta de Flordelis, que foi adotada por Simone. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-RJ) informou que não requereu mandado de prisão contra Flordelis pelo fato de ela ter imunidade parlamentar, podendo ser presa apenas em flagrante.
Segundo denúncia do MP, Flordelis e os demais dez denunciados mataram Anderson do Carmos em 16 de junho do ano passado em sua casa, em Niterói (RJ). O MP aponta que Flordelis arquitetou o homicídio, tendo convencido o executor direto e os demais acusados a participarem do crime e simular um latrocínio. A parlamentar teria também comprado a arma e avisado que o então marido havia chegado em casa.
Conforme o MP, o motivo do crime seria o fato de a vítima ter um "rigoroso controle das finanças familiares e administrar os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegiado das pessoas mais próximas a Flordelis, em detrimento de outros membros da numerosa família".
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De acordo com a denúncia, as ações dos envolvidos são descritas em diferentes etapas, "como no planejamento, incentivo e convencimento para a execução do crime, assim como em tentativas de homicídio anteriores ao fato consumado". O grupo teria, segundo o MP, tentado envenenar Anderson seis vezes, administrando veneno em sua comida e bebida.
A reportagem entrou em contato com o gabinete de Flordelis, mas as ligações não foram atendidas. Um e-mail foi enviado, mas ainda não houve resposta.
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