A criança de dez anos, grávida do próprio tio após uma série de estupros, segue internada no Cisam, no Recife. A equipe ministrou medicação na menina, na manhã desta segunda-feira (17/8), para expulsar o feto. Segundo o diretor da unidade, o médico Olímpio Moraes, ela segue com contrações.
Nesse domingo (16/8), ela recebeu medicação para interromper os batimentos cardíacos do feto de cinco meses e uma semana. O aborto, nesses casos, é previsto em lei. A menina segue acompanhada de uma equipe multidisciplinar.
Olímpio Moraes informou que a equipe adotou um aborto considerado natural e não cirúrgico. “Como ela é muito jovem, pode ter planos de engravidar mais tarde e o aborto cirúrgico poderia trazer algum dano. Ela está bem, acordou às cinco horas, mas sente as dores da contração", informou.
Protesto
Neste momento, não há protestos contra o aborto na frente do Cisam, como os registrados no domingo. Os protestos foram liderados por grupos católicos e evangélicos, além de políticos. "Ontem foi muito difícil. Durante o protesto, foram feitas ameaças não só à criança, como à equipe. As mulheres que estavam na maternidade precisam de tranquilidade para o parto e para amamentar e isso foi quebrado ontem”, reclamou Moraes.
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