O Brasil registrou, pelo quarto dia consecutivo nesta semana, mais de 50 mil casos e mil óbitos pela covid-19, e está a um passo de romper a barreira dos mais de 100 mil brasileiros mortos e 3 milhões de infectados pelo coronavírus. Ontem, mais 50.230 confirmações e 1.079 vidas perdidas foram adicionadas ao balanço do Ministério da Saúde, que soma 2.962.442 brasileiros infectados e 99.572 vítimas fatais da doença. Mesmo lidando com altos patamares, e observando uma retomada do crescimento em junho, a análise de casos semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave dá sinais de que o Brasil inicia uma discreta queda de novas infecções, como indica o novo Boletim InfoGripe, da Fiocruz.
Apesar desse sinal minimamente positivo, os valores semanais de registros extrapolam muito o nível considerado “muito alto”. “Nessa nova análise, notamos o início de uma freada, mas o acumulado chegou a atingir números superiores aos de semanas anteriores, e ficou pouco abaixo da Semana Epidemiológica 30. Quando a gente vai para as regiões, notamos uma grande heterogeneidade nos estados, nos quais temos situações muito distintas na comparação entre macrorregiões”, afirmou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
São Paulo, por exemplo, é um dos estados com maior número de subdivisões em macrorregionais de saúde, nas quais há uma grande variação de tendência.
Em relação às unidades da Federação que mantêm sinal de crescimento ou de platô, observou-se possível início de queda no Tocantins, em Sergipe, no Paraná e em Santa Catarina. Bahia, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, embora haja indícios de possível início de queda, dão fracos sinais. Nas capitais, Salvador, Campo Grande e Belo Horizonte apresentam queda, enquanto Porto Alegre mostra estabilização. Brasília demonstra crescimento.
Quanto às unidades da Federação que apresentavam sinal de possível retomada após período de queda, o Maranhão mostra estabilização, embora São Luís mantenha retomada do crescimento. O mesmo ocorre com o Pará e Belém. Já o Tocantins mantém viés de queda, enquanto Palmas ainda oscile, com possível estabilização.
São Paulo se mantém no topo da lista, com 24.735 óbitos pelo novo coronavírus, e o Rio é o segundo, com 14.028 –– são os únicos estados que têm mais de 10 mil mortes. Ontem, centrais sindicais fizeram um ato no centro de São Paulo pelas quase 100 mil mortes no país, que começou com um ato ecumênico na Praça da Sé.
Na sequência do ranking estão Ceará (7.921), Pernambuco (6.867), Pará (5.854), Bahia (3.843), Amazonas (3.345), Minas (3.381), Maranhão (3.138), Espírito Santo (2.698), Rio Grande do Sul (2.282), Paraná (2.270), Mato Grosso (2.037), Rio Grande do Norte (1.965), Paraíba (1.965), Goiás (1.946), Distrito Federal (1.682), Alagoas (1.654), Sergipe (1.558), Piauí (1.452) e Santa Catarina (1.400).
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