Depois de seis horas de muito bate-boca, o Senado aprovou ontem, em primeiro turno, a proposta que acaba com o voto secreto no Poder Legislativo. O fim do sigilo, porém, está ameaçado, já que o PSDB e parte do PMDB usarão todos os recursos previstos no regimento da Casa para aprovar a abertura apenas nas análises de cassação de mandato. A intenção é manter o segredo em situações como a eleição da Mesa Diretora, a apreciação de vetos presidenciais e de indicações de autoridades. Diante do risco de ter o projeto rejeitado total ou parcialmente ontem, senadores favoráveis à abertura em todos os casos manobraram para deixar a conclusão da votação para a semana que vem.
Os parlamentares contrários à abertura total dos votos tentaram de várias maneiras alterar o texto. Apresentaram emendas com a supressão do fim do sigilo na análise de vetos presidenciais e de indicações de autoridades. O grupo favorável à abertura total, no entanto, conseguiu derrubá-las, e os senadores contrários se viram obrigados a votar a favor no primeiro turno. Isso porque não queriam ser responsabilizados pela rejeição do texto e ainda têm a expectativa de conseguir alterar o resultado no segundo turno. O placar ficou em 54 votos favoráveis, 10 contrários e uma abstenção.
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