Albuquerque pediu à Mesa Diretora que a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n; 349/01, que extingue o voto secreto em todas as decisões do Congresso, das assembleias legislativas estaduais e das câmaras municipais, seja concluída. A matéria já foi aprovada em primeiro turno no plenário em 2006 e, desde então, permanece à espera da segunda votação, exigida para PECs. Em seguida, ela ainda vai para o Senado, onde precisa passar por duas comissões e pelo plenário em dois turnos. %u201CO prazo só se arrasta quando há conluio com a impunidade, não podemos nos entregar diante do fracasso, tem que haver outros caminhos%u201D, defendeu o socialista. Nos últimos sete anos, outros parlamentares já apresentaram 22 requerimentos iguais aos dele, mas nenhum teve efeito.
[SAIBAMAIS]Apesar da tentativa de melhorar a imagem do Legislativo, o pedido de Albuquerque tampouco deve ter resultados. Pelo entendimento da Casa e de muitos líderes, mesmo que a absolvição de Donadon tenha milagrosamente convencido quase todos os deputados a serem contra o voto secreto, ainda não há consenso sobre ampliar a validade da extinção do sigilo. %u201CTambém defendo essa mais ampla, mas o clima é favorável apenas para a que abre o voto nas cassações e devemos primeiro nos concentrar nela, que é garantida e está avançada%u201D, comenta o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP).
PT muda de postura
O PT, que demorou a indicar integrantes para a comissão especial que trata do tema, resolveu agora mudar de estratégia. Irritado com os comentários de que o partido foi um dos responsáveis pela absolvição de Donadon, o líder petista José Guimarães (CE) declarou que vai %u201Cradicalizar%u201D, defendendo o voto aberto para todas as votações do Congresso. %u201CSugiro que a comissão especial (que analisa a proposta apenas nos casos de cassação) deixe de trabalhar e que votemos em segundo turno a PEC que abre tudo (349/01)%u201D, comentou.