<div style="text-align: left"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2018/01/11/652575/20180110172331169559a.JPG" alt="Augusto César Mariene, 20 anos, criou o projeto cultural Batalha de Ideias" /></div><div style="text-align: left">Alunos empoderados, estudantes conscientes das próprias habilidades, interessados em promover mudanças sociais. Essas são as características dos chamados de power pupils. O conceito é novo no Brasil e, de acordo com a diretora do Instituto Inspirare, Anna Penido esses alunos têm interesse especial pela escola e pela aprendizagem. ;Esses estudantes têm talentos inatos e querem desenvolvê-los. A principal questão é o que os profissionais da educação devem fazer para não inibi-los;, explica.</div><div style="text-align: left"> </div><blockquote><div style="text-align: left"><strong>;É necessário dar mais poder aos alunos. Decidimos muito por eles, mas devemos escutá-los para entender o ponto de vista e a contribuição deles;</strong></div><span style="font-weight: normal"><div style="text-align: left">Anna Penido, diretora do Instituto Inspirare </div></span></blockquote><div style="text-align: left"> </div><div style="text-align: left">Especialista em inovações em educação, Anna aconselha que os professores observem quais são os estudantes mais empoderados, capazes de influenciar outros alunos e aproveitar isso de forma positiva, para que influenciem os outros a irem pelo mesmo caminho. ;É necessário dar mais poder aos alunos. Decidimos muito por eles, mas devemos escutá-los para entender o ponto de vista e a contribuição deles;, acrescenta.</div><div style="text-align: left"> </div><div style="text-align: left">Na avaliação da doutora em psicologia pela Universidade de Brasília (UnB) Raquel Manzini, os pais devem sempre acompanhar de perto o desenvolvimento social e acadêmico dos filhos, e as escolas, tomar cuidado para não serem uma ;fábrica de pequenos executivos;, ou seja, ter como meta única e exclusiva o sucesso acadêmico e profissional. ;Não se pode esquecer do respeito às diferenças e aos diferentes ritmos de aprendizagem;, destaca a psicóloga. ;Os alunos devem encontrar em casa um ambiente acolhedor, onde se sintam amados e respeitados. A escola deve oferecer atividades dentro e fora da grade escolar para as grandes áreas de conhecimento;, completa.</div><div style="text-align: left"><br /></div><h3 style="text-align: left">MC busca fazer a diferença no Sol Nascente</h3><div style="text-align: left"><br /></div><div style="text-align: left">Augusto César Mariene, 20 anos, mais conhecido como Augusto Metralha, desde criança buscava fazer a diferença na comunidade. Morador do Sol Nascente, em Ceilândia, o jovem criou o primeiro projeto aos 12 anos. ;A Batalha de Ideias começou na esquina da minha rua, com pessoas de 15 a 20 anos que se reuniam para fazer rimas. Hoje, além de ter crianças participando, moradores de outras cidades satélites, como Taguatinga, Samambaia, Recanto das Emas e Águas Lindas, também integram o projeto;, conta ele, que é MC de rap e de funk.</div><div style="text-align: left"> </div><div style="text-align: left">Aos 13 anos, Augusto criou uma roda de debates sobre assuntos diversos e, aos 14, os saraus. ;Comecei a ser convidado por escolas e faculdades para palestrar. Geralmente, os assuntos envolviam algum projeto que a instituição estava fazendo;, lembra. Augusto pretende terminar, este ano, um livro que começou a escrever aos 16 anos. Intitulada pelo autor de O que eu vejo, a obra pretende mostrar que, mesmo diante das dificuldades, os moradores da comunidade dele não deixam de buscar a felicidade.</div><div style="text-align: left"> </div><div style="text-align: left">[VIDEO1] </div><div style="text-align: left"> </div><div style="text-align: left">Em 2015, Augusto percebeu que, por meio do esporte, poderia ajudar as crianças do Sol Nascente. ;Criei o time de futebol Sol Nascente Futebol Clube e, no ano seguinte, fundei um time feminino também;, conta. No ano passado, o jovem desenvolveu mais um projeto, o Comunidade bem informada. Ele leva um profissional, seja morador da cidade ou não, para dar palestras sobre a profissão que exerce. ;Percebi que muitas coisas aconteciam na minha cidade por falta de informação. Ao chamar um bombeiro, por exemplo, ele vai explicar sobre como podemos nos prevenir de incêndios;, diz.</div><div style="text-align: left"> </div><div style="text-align: left">Para este ano, Augusto quer implantar seu novo projeto, que se chama Cooperativa Voluntária, no qual ele reúne doações de pessoas da comunidade e destina a áreas como saúde, educação, desenvolvimento social, cultura ou esporte. </div><div style="text-align: left"><br /></div>