Veículos

Fernando Calmon



Estilo é ponto forte do novo Peugeot 208

"Constatei que a evolução sobre o atual 208 foi bem marcante, em especial quanto ao comportamento em curvas e à estabilidade”

Lançado na Europa em outubro do ano passado, a segunda geração do Peugeot 208 foi planejada para chegar ao Brasil apenas cerca de seis meses depois, porém, a pandemia provocou atraso de três meses. Projetado sobre a arquitetura CMP, a mais atual do grupo francês (em processo de fusão com a FCA para formar o Stellantis), conquistou o título de Carro do Ano 2020 na Europa. O modelo atrai por seu desenho arrojado e que se destaca entre hatches compactos.

Em fevereiro último, um grupo de jornalistas participou de uma missão de rodagem secreta na Argentina, onde o carro passa a ser fabricado. Estive lá e constatei que a evolução sobre o atual 208 foi bem marcante, em especial quanto ao comportamento em curvas e à estabilidade direcional.

Menos no motor, pois se esperava uma versão turbo do atual tricilindro 1.2 que, no mercado europeu, entrega 100 ou 139cv. No entanto, como esse motor teria que ser importado, haveria impacto direto sobre o preço a ser anunciado só em 4 de agosto (estimativa de R$ 65.000 a R$ 85.000, fora opcionais). Aqui se manteve o veterano quatro-cilindros, EC5M flex produzido em Porto Real (RJ), de aspiração natural, 1.6 de 118 cv (etanol) que, acoplado sempre a uma caixa automática de seis marchas, deixa algo a desejar em relação a concorrentes como Polo e Onix, ambos turbo, sendo que o HB20 aspirado entrega 130cv.

A Peugeot importará da França o elétrico 208 e-GT, de 136 cv.

O interior é aconchegante com teto solar panorâmico e inclui o inédito quadro de instrumentos com tecnologia holográfica em 3D, carregamento por indução do celular (apenas na versão de topo) e projeção (com cabo) de Android Auto e Apple CarPlay. O porta-malas encolheu 20 litros (265 litros), embora um dos rivais, o líder Onix, só tenha 10 litros a mais.