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Solta o som, DJ!

Testamos o Captur Bose. O maior destaque da versão é o sistema de som com qualidade de carros importados



Visto pela primeira vez no Salão do Automóvel de São Paulo, em 2018, o Renault Captur Bose chegou às concessionárias em outubro de 2019. A série especial do modelo ganhou detalhes no visual e, como diz o próprio sobrenome, um som com assinatura respeitada em todo o mundo. O SUV chega em duas versões, uma com motor 1.6 CVT e outra com motor 2.0 e câmbio automático de quatro marchas.

Quem estacionou na garagem do Vrum foi a configuração 1.6 com câmbio automático. Por fora, o carro recebeu os símbolos "Bose" na coluna 'A' e, também, na soleira das portas. Por dentro, detalhes na cor cinza, na saída do ar-condicionado, e no painel central. As maçanetas são cromadas. Já o volante e os bancos receberam retoques no acabamento.

O som da marca Bose conta com sete alto-falantes e um amplificador digital de sete canais com equalização exclusiva. No porta-malas, um subwoofer reforça os graves sem comprometer o bom espaço — falaremos sobre isso daqui a pouco.

De série, o Captur vem com direção eletro-hidráulica, ar-condicionado, quatro airbags, controles de estabilidade e tração, central multimídia de sete polegadas com Android Auto e Apple Carplay, sensor de chuva, retrovisor elétrico com rebatimento, acendimento automático dos faróis, controle de cruzeiro, além de chave presencial no formato de um cartão.


A versão avaliada é equipada com motor 1.6 flex de 120cv com transmissão automática CVT.

Se você é daquelas pessoas que andam numa boa, curtindo as largas e bonitas avenidas de Brasília, você terá um SUV tranquilo para a rotina do dia a dia. Agora, caso goste de acelerar e, às vezes, até encarar uma estradinha, no final de semana, o motor 1.6 deixará um gostinho de quero mais.

O ponto chave do Captur é o conforto. Os assentos abraçam os ocupantes e o isolamento acústico evita que sons externos invadam a cabine. Quem também faz um bom trabalho de casa é a suspensão, independentemente do terreno.

O excesso de plástico, no painel e nas portas, não se encaixa bem na proposta do carro.  Afinal, do que adianta um som premium sem um acabamento à altura?

Em contrapartida, o espaço interno é digno de vários elogios. Primeiramente, o entre-eixos de 2,673m garante conforto até para as pessoas agraciadas com altura além do padrão. Nessa mesma direção segue o porta-malas, um dos maiores da categoria, com 437 litros.


Gosta de saber, também, sobre o consumo? Em Brasília, abastecido com gasolina, o Captur Bose fez, em média, 10.1km/l. Mérito do câmbio CVT.

O que o comprador de um SUV normalmente busca? Conforto e beleza, certo? Isso o Captur tem de sobra. Para completar, o som Bose é muito superior ao da maioria dos concorrentes. Para ficar melhor ainda, o modelo merecia uma central multimídia mais moderna. O que deve acontecer, em breve, como colocado em prática, recentemente, com o Novo Duster.

Sobre o motor nós já falamos. Falta fôlego para viagens e acelerações mais fortes. É pouco para você? Depende do seu uso. Se o foco é usá-lo mais na cidade, tranquilo. No mais, o Captur Bose é um carro estiloso, com boa suspensão e no ritmo de quem valoriza o design.