O motor que combina mesmo com o visual esportivo do Civic é o 1.5 turbo — exclusivo da versão Touring. No nosso caso, precisamos nos contentar com o 2.0 16V i-VTEC Flex, com bloco em alumínio, de 155cv de potência e 19.5kgfm de torque aos 4.800 giros. Como todo propulsor aspirado, você precisa de mais rotações para ganhar velocidade e arrastar os 1.291 quilos da carroceria. Isso faz o ruído, vindo do capô, invadir o interior e frear a autonomia. Em nosso teste, o Novo Civic cravou 10,5km/litro com gasolina. Exatamente o que é informado pelo Inmetro. Na estrada, o consumo ficou na casa dos 12km/l.
Como ninguém é perfeito, muito menos os carros, hora de falar de um ponto questionável no sedã japonês: o câmbio automático CVT. Ele está longe de ser desconfortável. Muito pelo contrário. O sistema é bastante suave, porém monótono e faz o motor “gritar” mais ainda. Caso queira aliviar os ouvidos, recomendamos utilizar os Paddle Shifts para a troca manual das sete marchas simuladas. Até porque o opção manual saiu de cena na versão 2020.
A justificativa da Honda, para a escolha do CVT, é uma possível melhora na economia de combustível. O que não muda a minha opinião. Um câmbio automático convencional ou até mesmo um automatizado de dupla embreagem deixaria o carro mais legal. Vai por mim.
Por fim, o preço. A partir R$ 114.100 (sem frete), você pode elevar a sua autoestima com o Novo Civic EXL. Sem dúvidas, um dos sedãs mais bonitos do mercado.
No entanto, pelo valor, ele merecia, além de outro câmbio, controle de cruzeiro adaptativo, alerta de ponto cego e assistente de permanência em faixa. Aí, sim, ele poderia abalar ainda mais os corações dos brasileiros.