A Fiat iniciou as vendas de mais uma versão dos irmãos Argo e Cronos. Focado em dar uma estilizada no visual, o kit S-Design está disponível para os dois modelos, além da picape Toro. Normalmente, essas edições especiais, focadas na estética do carro, estão presentes nas versões intermediárias e topo de linha.
Dessa vez, quem estacionou em nossa garagem foi o Argo mais básico da família, o 1.0 Drive. Será que vale a pena pagar a diferença pra receber esses tapas no visual diretamente de fábrica?
O que muda?
Para inicio de avaliação, esse é o S-Design mais barato que você poderá comprar. Estamos falando do Argo Drive S-Design com câmbio manual e motorização 1.0. E qual a diferença entre ele e o Drive normal?
Na dianteira, os faróis — que não são em LED — chegam com máscara negra. Já a grade ganha faróis de neblina. Nas laterais, as rodas são de ferro com calotas. Pintadas e escuras, mas ainda sim, calotas. Os retrovisores são elétricos com função Tilt Down, logotipo da versão colado na lateral e frisos, na parte de baixo, fecham os detalhes laterais. Na traseira, o spoiler e os nomes do carro e da fabricante são na cor preta.
Por dentro, o visual é de Argo mais completo. Volante multifuncional, duas portas USB e, nessa versão, o pacote de série inclui ar-condicionado digital. Fecham os detalhes o interior escurecido e ranhuras exclusivas da versão no painel.
O Argo Drive S-Design também possui tela multimídia de sete polegadas com Android Auto e Apple CarPlay, porém, é um kit à parte, que você deve adicionar obrigatoriamente por mais R$ 3.900.
Concluindo as mudanças: no site oficial da Fiat, o Argo Drive custa R$ 51.390. Caso queira os detalhes da versão S-Design, são mais R$ 1.300. Ou seja, o preço final do carro chega a R$ 56.590.
Embaixo do capô
O motor é o já conhecido 1.0 flex, de 77 cavalos e 10.9 kgfm de torque, com câmbio manual de cinco marchas.
Estamos falando de um carro tipicamente urbano. Sentimos falta de um torque mais forte, em baixas rotações, para arrancadas mais ariscas. O motor desenvolve melhor com os giros lá em cima, tanto é que a potência máxima desse motor só aparece em 6.200 rpm.
Em nossa avaliação, o modelo fez 12.9 km/l, abastecido com gasolina, e rodando apenas na cidade.
Vale a pena?
O custo do pacote S-Design, principalmente pelo ar-condicionado digital, agrada. Os detalhes estéticos são interessantes e dão uma cara mais estilosa ao modelo de entrada.
O deslize fica por conta das calotas, que poderiam ser rodas de liga leve, e, também, pela obrigatoriedade de se pagar a mais pelo kit multimídia. Caso o comprador esteja pensando apenas nos detalhes estéticos e em dar uma cara diferenciada para o modelo, pode valer a pena.
Mas, claro, é sempre importante fazer o teste drive nos modelos concorrentes, como Volkswagen Polo, Hyundai HB20 e, principalmente, no Chevrolet Onix 2020.