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Pequena grande

A nova geração da Yamaha R-3 ficou ainda mais esportiva, com modificações na suspensão dianteira, carenagens e painel repaginados e um motor nervoso que garante adrenalina

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Depois de ser apresentada na Europa no fim do ano passado, a nova geração da esportiva YZF-R3, ou simplesmente R-3, produzida em Manaus, Amazonas, começa a ser comercializada no Brasil. A pequena esportiva divide o motor com a naked MT-03 (também vendida por aqui). Entretanto, foi atualizada para ficar ainda mais ;nervosa;, adotando um visual inspirado na irmã maior, a superesportiva R-1, que, por sua vez, segue o desenho do modelo YZR-M1 que disputa o Mundial de MotoGP com os pilotos Valentino Rossi e Maverick Viñales.

Para realçar ainda mais a inspiração, a versão Monster Energy Moto GP Edition, com preço sugerido de R$ 24.990, tem a decoração semelhante à das motos de pista. A versão com pintura ;normal;, azul (Racing Blue) e também vermelho fosco (Red Velvet), tem preço sugerido de R$ 23.990. O conjunto de quadro e motor, porém, é o mesmo. Na ergonomia, a R-3 ganhou nova posição dos semiguidãos, 22mm mais baixo, deixando o piloto mais inclinado, além de para-brisa e carenagem desenvolvidos em túnel de vento, resultando em um ganho de cerca de oito quilômetros na velocidade final.

Rua
O tanque de combustível foi rebaixado em 20mm, ficando também mais largo 31,4mm, mantendo, porém, a mesma capacidade de 14 litros. O artifício também permite que o piloto abaixe ainda mais atrás da bolha em maiores velocidades, reduzindo o arrasto aerodinâmico. No dia a dia e nas ruas, contudo, a nova R-3 ficou levemente menos confortável, deixando o piloto em posição de ataque. A carenagem abriga ainda faróis duplos em LED, separados por generosa tomada de ar frontal em formato de M, também presente nas irmãs maiores.

Para acompanhar o perfil mais esportivo, a suspensão dianteira convencional foi substituída por uma com sistema invertido (Up Side Down), com 130mm de curso. Na traseira, a suspensão é do tipo mono, com 125mm de curso, ancorada em balança em aço assimétrica e possibilidade de sete regulagens na pré-carga. A agilidade do modelo também é garantida por uma reduzida distância entre eixos de 1,37m, além de um ângulo de cáster (inclinação da suspensão dianteira) de 25 graus, e por um quadro em tubos de aço, com o motor fazendo parte da estrutura, para reduzir o peso.

Motor
O fôlego do motor impressiona e ;honra; o visual esportivo. Com dois cilindros paralelos, duplo comando, quatro válvulas por cilindro, entrega 42,01cv a 10.750rpm e torque de 3,02kgfm a 9.000rpm. Um casamento que permite muita diversão em uma pilotagem com mais adrenalina. A R-3 obedece com precisão às linhas escolhidas e retoma com surpreendente vigor para um propulsor de apenas 321cm;. Não é a genuína MotoGP nem uma superesportiva, mas o porte impressiona e simula emoções em menor escala em um pacote ágil e equilibrado, e também mais acessível.
O painel também é novo. Totalmente digital. Além do conta-giros e dos indicadores de praxe, conta com relógio, indicador de marcha, computador de bordo e a luzinha shift light, que acusa a hora certa de trocar as marchas, para não perder tempo, e pode ser regulado na luminosidade. Na hora de brecar o entusiasmo, a R-3 conta com sistema ABS nas duas rodas de liga leve com aros de 17 polegadas, calçadas com pneus esportivos. Na dianteira, um disco de 298mm, com pinça de duplo pistão, e na traseira um disco de 220mm.