Jornal Correio Braziliense

Veículos

Promessa de eficiência

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O interior do Onix Plus cresceu em relação ao Prisma. Mas os bancos dianteiros têm assentos curtos, que não apoiam bem as pernas, e, apesar das abas laterais nos encostos, não são confortáveis. Outra falha ali são os apoios de cabeça inteiriços, sem ajuste de altura. Atrás, o banco é mais confortável, com assento um pouco maior, mas só proporciona conforto para dois passageiros. Se um terceiro for no meio, todos ficam apertados. E olha que o túnel no assoalho é mais baixo, e o console invade pouco a parte traseira. Não tem saída de ar-condicionado para quem se senta atrás. O banco traseiro tem encosto bipartido e conta com todos os itens de segurança, inclusive Isofix e Top Tether para fixação de cadeiras infantis.

A versão testada tem revestimento em couro preto e bege nos bancos e painel das portas. No restante, muito plástico duro, mas de boa aparência e montagem bem-feita, além de detalhes cromados e uma faixa bege no painel. O volante, com ajuste de altura e distância, também é revestido em couro e tem a base achatada, e traz os comandos para o controlador de velocidade, sistema de áudio, computador de bordo e o sistema multimídia. O painel de instrumentos traz conta-giros e velocímetro analógicos e uma pequena tela digital com os dados do computador de bordo. A chave é do tipo presencial e para ligar o motor basta acionar o botão start/stop.


Dirigindo
Outra novidade do Onix Plus é o motor 1.0 turbo Ecotec, flex, que chega com a promessa de ser eficiente tanto no desempenho quanto no consumo de combustível. Na contramão da maioria dos propulsores turbo de baixa cilindrada lançados recentemente, o da GM não tem injeção direta de combustível. A justificativa do fabricante é ;reduzir o custo de manutenção;. Só que, por outro lado, a injeção direta de combustível deixa o motor ainda mais eficiente, principalmente no que diz respeito a consumo e emissões. O propulsor do Onix Plus tem sistema multiponto, com bicos injetores preaquecidos, que dispensa o tanquinho auxiliar do sistema de partida a frio.

Na prática, o motor proporciona bom desempenho, fazendo o sedã andar muito bem tanto na cidade quanto na estrada. Tem funcionamento silencioso e reage rápido às acelerações, com respostas rápidas nas arrancadas e retomadas de velocidade. O torque máximo já chega na faixa das 2.000rpm e o propulsor demonstra estar sempre ;cheio; para reagir. O câmbio é automático de seis marchas, muito bem escalonadas, e faz mudanças na hora certa, sem trancos, aproveitando bem a força do motor. Mas o modelo não tem aletas atrás do volante para trocas de marchas manuais, que são feitas em tecla instalada na lateral do pomo da alavanca. Nada prático.

A direção conta com assistência elétrica e tem cargas bem-ajustadas para velocidades baixas e elevadas, mas o diâmetro de giro não é dos melhores, exigindo um pouco mais de paciência em manobras em locais apertados. A câmera de ré e os sensores de estacionamento são muito úteis nesse momento. As suspensões são mais firmes e transferem as irregularidades do solo para dentro do carro, mas o sedã tem boa estabilidade em curvas, otimizada pelo auxílio eletrônico. Os freios contam com discos na frente e tambores atrás, com ABS e controle eletrônico de frenagem (EBD).

A GM manteve os preços da geração anterior na linha 2020 do Onix. A versão Premier do sedã tem preço inicial de R$ 73.190, mas pode chegar a R$ 77.780 com todos os opcionais. O modelo tem como concorrentes diretos o Volkswagen Virtus Highline 200 TSI e o Hyundai HB20S Diamond, ambos com motor três cilindros 1.0 turbo e câmbio automático de seis marchas. A concorrência oferece mais potência e torque, e mais espaço no porta-malas, mas os números de consumo do Onix Plus são mais otimistas e o preço é mais baixo. Argumentos fortes para se manter na liderança do segmento.