Turismo

Agir para evitar

Empresas de transporte de passageiros, aeroportos, portos e rodoviárias se preparam para evitar o contágio pela Covid-19.



A rápida propagação do coronavírus pelo mundo e, particularmente, no Brasil, tem modificado os hábitos da população de diersos países e afetado o setor de turismo. A recomendação das autoridades médicas é evitar os ambientes com aglomeração de pessoas e, se possível, viagens para o exterior. Muitos turistas, no entanto, haviam programado as férias e, mais proximamente, o feriadão da Semana Santa. O que fazer?

Uma olhada rápida pelo Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitscheck é suficiente para perceber que a chegada do coronavírus ao Brasil, com a confirmação do primeiro caso registrado em São Paulo no fim de fevereiro (o paciente recebeu alta na sexta feira, 13 de março, e é considerado curado), exigiu mudanças no atendimento a passageiros, visitantes e funcionários. Todos os monitores instalados nas salas internas de embarque — incluindo a sala vip — no saguão, em frente aos portões de embarque, na praça de alimentação e nos balcões de informações, exibem periodicamente anúncios explicativos sobre o vírus, modo de contágio e medidas de prevenção. O serviço de som anuncia os cuidados com a saúde em quatro idiomas.

O movimento do aeroporto, contudo, segundo a assessoria da Inframérica — empresa que administra o JK — permanece o mesmo. Diariamente, circulam em média 50 mil passageiros, entre embarque e desembarque. Muitos evitam falar sobre a possibilidade de contágio e algumas pessoas circulam com máscaras no saguão e nas áreas de lojas. Por todos os espaços, é possível encontrar recipientes com álcool em gel.

O setor de desembarque internacional adotou medidas protetivas como o uso de máscaras e luvas pelos funcionários que recebem os turistas, assim como o pessoal da alfândega e do setor de imigração.Dois equipamentos medidores de temperatura por infravermelho passaram a ser utilizados, desde o último sábado, para detectar a presença de coronavírus em pessoas que desembarcarem e embarcarem no Aeroporto Internacional de Brasília. O mesmo equipamento foi instalado na Rodoviária Interestadual.

Os aparelhos são operados pelo  Grupamento de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), e são capazes de identificar a presença do vírus em ambientes com dezenas de pessoas, como no caso de aviões e ônibus, além de, em duas horas, apontar se um paciente está com sintomas da Covid-19. Passageiros de voos internacionais e domésticos serão monitorados. A triagem será feita a partir de informações enviadas pela tripulação de cada voo sobre suspeita de contaminação por coronavírus em passageiros ou pessoal de bordo. Segundo o Corpo de Bombeiros, seria inviável verificar cada um dos voos, já que, em média, há 25 voos internacionais por semana no aeroporto JK.

* Estagiária sob supervisão de Taís Braga

* Colaborou Érika Manhatys