Jornal Correio Braziliense

Turismo

Itália medieval

Paisagens seculares fazem o turista mergulhar em mundos encantados e cheios de história. País europeu guarda mais de 250 recantos onde é possível voltar no tempo e viver aventuras vistas nas telas

É fã do Ragnar Lothbrok dos Vikings? Ou prefere o conto épico do Outlander? É apaixonado pelos castelos de Reign? Não importa! Na Itália existem 254 burgos (cidadezinhas que eram protegidas por altos muros que protegiam os moradores dos possíveis invasores) que são atrações turísticas apaixonantes, com culturas singulares e que são habitadas. ;Quando surgiram, na Idade Média, eram fortalezas que abrigavam populações conhecidas como burgueses. Visitar esses locais é como fazer parte das séries medievais: sempre ruas estreitas e construções feitas de pedra, quase sempre ligadas a castelos e palácios;, afirma Ana Grassi, travel designer especialista em Itália. Andar pelas cidadezinhas é como voltar no tempo, viver histórias antigas, apreciar a arquitetura e aprender a cultura de cada lugar.

Gradara (Marche)

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É um vilarejo medieval que fica entre as colinas, próximo ao Mar Adriático. Esse lugar já impressiona, à primeira vista, ao avistar o grande castelo no alto. Não é à toa que é um dos burgos da Itália que mais recebem visitantes. Ao entrar e caminhar pelas misteriosas ruas de pedra, é possível ver como era a vida ali. Isso sem contar os monumentos históricos ; o burgo por si só é um. ;Foi em Gradara onde aconteceu o romance citado por Dante Alighieri , a paixão entre Paolo e Francesca em A Divina comédia.; Além de caminhar pelas ruelas burguesas, uma das melhores atrações é visitar o grande castelo e admirar a vista de cima das muralhas.


Castroreale (Sicília)


É conhecida principalmente por suas importantes obras de arte. Elas podem ser vistas no museu cívico e na pinacoteca, nas igrejas e na cidade, bem como na paisagem ao redor. A cidade fica em uma colina, por isso tem vistas distantes sobre a paisagem lindíssima. ;Além de toda a carga histórica, Castroreale também é um lugar para quem gosta de águas termais. Isso porque, na região, estão vários balneários que são abertos para visitação;, explica a travel designer.


Bobbio (Emiglia Romagna)

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Este burgo fica próximo ao Rio Trebbia, na Emília Romagna, e tem registros de civilizações que viveram na região desde o século 14 a.C.. Atrai muitos turistas por toda a história que se desenvolveu no vilarejo. O centro histórico permanece preservado com as construções medievais em pedra e madeira. Mas, além disso, a região é conhecidíssima pela gastronomia regional. A dica é provar um prato conhecido como maccheroni alla bobbiese. Trata-se de uma massa fresca artesanal feita com um molho ensopado delicioso.


Furore (Campania)


Este é um vilarejo medieval que deveria se chamar paraíso. É um dos lugares mais privilegiados da Itália: fica à beira-mar do Mediterrâneo, na Costa Amalfitana, com o azul deslumbrante do mar, que forma praias deslumbrantes. A cidade tem pouco mais de 800 habitantes e é pouquíssimo explorada pelo turismo. Mesmo assim, todo ano ocorre um festival que convida artistas de vários países a deixarem a cidade mais colorida.


Monte Isola (Lombardia)

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É uma montanha na maior ilha habitada na Europa do Lago Iseo e também o destino mais visitado na região por causa das encantadoras aldeias, da paisagem e dos monumentos. ;Um fato curioso é que não é permitida a entrada de carros na ilha. Mas as bicicletas são liberadas e os habitantes também podem ter motos;, explica Grassi.


Bagnoli del Trigno (Molise)


O fato mais curioso sobre Bagnoli del Trigno é que não existe um consenso sobre o surgimento da cidade. Segundo uma das lendas, ela teria surgido a partir de ocupações que circundavam as fontes termais. Mas outra lenda conta uma versão diferente: a cidade surgiu a partir de um naufrágio que teria ocorrido na faixa do litoral que cerca a região. De qualquer forma, este é outro burgo paradisíaco, pois a natureza da região é exuberante e a principal atração são as fontes termais;, afirma a especialista.


Stintino (Sardenha)

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É uma pequena vila que fica no Noroeste da Sardenha e surgiu em 1885,quando era habitada por famílias de pescadores da Ilha de Asinara. Hoje, a população de Stintino é de cerca de 1.600 habitantes. As praias de Stintino são maravilhosas: com areia branca, uma incrível água cintilante e transparente, cercadas por maquis mediterrâneos lindíssimos;, diz Grassi.


San Giorgio di Valpolicella (Veneto)


As escavações arqueológicas revelaram a presença humana em San Giorgio di Valpolicella ainda na Idade do Bronze. Mas o que vai arrancar suspiros de qualquer viajante é mesmo a bela vista que se descortina do alto. ;Muitos turistas passam por ali para conhecer a região vinícola, pois é na região de San Giorgio que é feito o vinho Amarone;.


Sesto al Reghena (Friuli Venezia Giulia)

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A aldeia está localizada em Friuli Venezia Giulia e surgiu no ano 2 a.C. como um coque e é chamado assim porque fica a 10 quilômetros de Julia Concordia, um lugar que também merece a visita. ;Conhecida especialmente pela Abadia de Santa Maria em Silvis, fundada em 730-735, pertenceu aos beneditinos em séculos passados. Embora os húngaros tenham arruinado a cidade, a abadia foi restaurada e permanece belíssima para encantar quem a visita;, garante Grassi.


Pescocostanzo (Calábria)


O antigo burgo de Pescocostanzo é um lugar mágico e um belo exemplo de preservação da arquitetura. O povoado teve início no século 10 e fica no território do Parque Nacional Majella. Essa região lindíssima é conhecida como Abruzzo. Como todos os burgos dessa lista, Pescocostanzo é riquíssima em história. Lá, se encontram traços arquitetônicos de diferentes vertentes, como construções renascentistas e também barrocas. Isso sem mencionar as atrações naturais. Durante o inverno, milhares de pessoas vão até a região para esquiar.