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A França sempre surpreende quem a visita. O país europeu com território um pouco menor que Minas Gerais exibe uma variedade enorme de paisagens, tradições culturais, monumentos, vinhos e comidas excepcionais ; tudo conjugado a uma história riquíssima de fatos e momentos. Logo ao sul da capital Paris, a Borgonha é uma de suas regiões míticas, onde não só os vinhos se destacam em primeiro plano. Há três anos, uma reforma política determinou sua união à Franche-Comté, surgindo daí a Borgonha-Franche-Comté, uma região administrativa que abraça o visitante com uma diversidade de atrações ainda maior.
Beliscando o Vale do Loire e indo até as montanhas do Jura, na fronteira com a Suíça, ela agrega em pouco mais de 48 mil m2 ; ou 9% do território nacional ; belíssimos parques naturais, montanhas, florestas, lagos e canais por onde navegam barcos pequenos e médios levando a cidadezinhas que esbanjam charme com suas casas, praças e nada menos de oito monumentos históricos classificados como patrimônio mundial pela Unesco. O que caracteriza a região administrativa é um conselho formado por 110 representantes de empresas, sindicatos, câmaras de comércio, de agricultura e de ONGs, que indica as diretrizes para as ações de desenvolvimento econômico e sustentável do território.
No centro do mapa e cidade mais importante da região, Dijon é chamada de ;ville inteligente; por seu moderno conceito ecológico de locomoção urbana e outras obras pioneiras ; foi a primeira cidade da França a ter um sistema de distribuição de água potável. Lá, se vive em estado de amor com a arte e seus museus, como o espetacular Beaux Arts dentro do também impactante Palais des Ducs, que guarda enorme coleção revelando a história bourguignonne.
Para ver a cidade do alto, com seus prédios aristocráticos e ruas convidativas reservadas aos pedestres, vale o esforço para subir a torre Philippe Le Bon, um dos célebres duques de Borgonha. E, para ver do chão, é só seguir as plaquinhas do Parcours de la Chouette, ou Percurso da Coruja, trilha que leva aos principais marcos da cidade.
Sempre lembrada pela famosa mostarda e com várias lojas das marcas mais famosas como Fallot, Maille e Amora, esta mantendo o Musée de la Moutarde no Quai Nicolas Rolin, Dijon tem restaurantes, confeitarias e bares onde desfilam especialidades locais como o boeuf bourguignon, os escargots, os pratos com o delicioso frango de Bresse, o presunto com ervas (jambon persillé), os ovos ao vinho tinto (oeuf em meurette), o pain d;épices, o licor de cassis e... os vinhos que fazem sonhar, com omágico nome Borgonha nos rótulos.
Eles são as grandes estrelas nas cartas dos restaurantes locais, como o Loiseau des Ducs (bernard-loiseau.com), instalado em um prédio do século 16 classificado como monumento histórico, perto do palácio e da bela Place de la Libération. Oferece cerca de 40 vinhos em taças e sua cozinha, uma estrela Michelin, tem a chefia segura e refinada do jovem Louis-Philippe Vigilant. Bem ao lado, o bar de vinhos La Part des Anges é dica certa para bebericar em mesas na calçada da mais bela rua fechada a veículos de Dijon, a Vauban. bernard-loiseau.com
Para se hospedar, o recentemente reformado Grand Hotel La Cloche Dijon MGallery, na Place Darcy (accorhotels.com), tem localização privilegiada, permitindo passeios a pé por todo o centro e uma decoração boudoir chique nos quartos e suítes. Nos longos tapetes dos corredores, desfilam textos da escritora vanguardista Collete. Destaque: seu jardim interno, um oásis de tranquilidade para o drinque do fim de tarde, café da manhã e refeições.
Viagem a convite do Serviço de Turismo da Borgonha-Franche-Comté Borgonhafranchecomte.fr
Asas estreladas
O gostoso é chegar a Paris a bordo da classe executiva da Air France (airfrance.com.br), com poltronas que se transformam em camas espaçosas e toda a atenção e bem-estar. Do champagne Deutz antes da decolagem à seleção de vinhos franceses que fazem harmonia perfeita com os pratos do menu, apenas produtos de altíssima qualidade. Chefs premiados com estrelas Michelin e consultores do laboratório de inovação gastronômica trabalham para elevar os padrões da culinária de bordo e sommeliers celebrados selecionam os vinhos e as 750 mil garrafas do verdadeiro champagne francês servidas por ano nos voos, inclusive na Economy (JAS).