Decidiu passar uns dias de rei ou rainha na Ilha de Comandatuba? Pois prepare-se para desfrutar de algo próximo ao paraíso. Sim, desde a chegada e o embarque na pequena vila de mesmo nome, em Una, no sul da Bahia, município distante 78km de Ilhéus e 560km da capital, Salvador, a estrutura oferecida pelo Transamérica Resort, complexo cinco-estrelas fundado em 1989 pelo empresário mineiro Aloysio Faria não deve em nada aos resorts mais famosos e sofisticados do mundo.
As instalações são classe A; a comida, variadíssima e deliciosa em todas as refeições dos 12 restaurantes; e o mar — ah, o mar… — é tranquilo, raso por metros e convidativo para mergulhos prazerosos. Há ainda quadras para práticas esportivas diversas, um senhor campo de golfe, passeios de lancha, serviço de spa e programação de entretenimento diária, com atrações para todas as idades (infantil, adulto, sênior).
Construído em uma área de 50 mil metros quadrados, com projeto assinado pelo arquiteto Ricardo Julião e pelo paisagista Edward Stone, em conceito que combina requinte, ecologia, conforto, tranquilidade, privacidade e diversão, o lugar é um sonho para quem procura vida fácil e prazer à beira-mar.
Com serviço all-inclusive, o complexo toma quase toda a extensão da ilha, num cenário com 21km de praias quase desertas, cercado por coqueiros centenários e jardins tropicais — com destaque para a riqueza dos manguezais, um dos biomas mais diversos e importantes para a biodiversidade brasileira, berçário natural da vida marinha e fluvial.
A natureza em destaque
Por falar em meio ambiente, a ecologia e as práticas sustentáveis do resort também merecem destaque. Por lá, um dos programas que mais interessam às crianças e aos amantes da natureza é a visita guiada pelo biólogo Maurício Arantes de Oliveira à passarela do caranguejo (o custo é de R$ 10 por pessoa).
Trata-se de uma ponte de madeira de extensão média, erguida sobre o manguezal, passagem usada para o embarque e desembarque dos mais de 1 mil funcionários que trabalham no complexo e que também possibilita que os visitantes conheçam o bioma sem a necessidade de “afundar o pé no mangue”, lotado de várias espécies de caranguejos, garças e flora nativa.
O biólogo informa que as atividades de imersão na natureza na Área de Preservação Permanente (APP) incluem passeios náuticos e de quadriciclo e bicicleta, tanto para contemplação quanto para ecoturismo, a exemplo de visitas guiadas para observação de aves e desova de tartarugas. “A região tem 13 mil hectares de manguezal (no macrossistema da Mata Atlântica), bioma que protege a ilha e a zona costeira e representa o sustento de milhares de pessoas que vivem da pesca e do manejo de caranguejos e outras espécies marinhas e fluviais”, cita Oliveira.
Educação ambiental
Mas, mesmo para os que querem apenas desfrutar do “dolce far niente”, a natureza local é generosa ao se exibir. “Eu já cataloguei aqui mais de 77 espécies de aves que são tolerantes à presença humana e à monocultura de coco, como sanhaço-azul, cambacica, bem-te-vi, sabiá-laranjeira e outros”, afirma o biólogo Maurício Arantes de Oliveira. Aliás, o município de Una é famoso entre os birdwatching (observadores de pássaros) pelas aves endêmicas que só ocorrem na região, uma das mais biodiversas do planeta.
Na flora, o biólogo destaca as palmeiras nativas caxandós, cactos comestíveis e o alecrim-da-praia. E lembra que o Transamérica tem um programa de educação ambiental que convida os hóspedes, principalmente as crianças, ao replantio de árvores, como cajueiro, janaúba, jambolão e mamoeiros. “A ideia é embutir a consciência preservacionista nas crianças desde cedo, lembrando que quem quer sombra, vida e água precisa plantar árvores.”
Como chegar
O acesso à ilha é feito por meio de barcos, a partir da Vila de Comandatuba. Para se chegar à vila, é possível usar o transporte rodoviário que trafega na rodovia BA-270, ou o transporte aéreo até o aeroporto situado na vila.