Turismo

Desfrute das riquezas naturais de Abrolhos, o arquipélago baiano

É lá onde a natureza se esconde. E se exibe. De pássaros de espécies únicas às baleias-jubartes, o arquipélago guarda a vida e nos mostra que a liberdade é a maior riqueza da Terra

Anderson Costolli
postado em 26/10/2018 12:00

É lá onde a natureza se esconde. E se exibe. De pássaros de espécies únicas às baleias-jubartes, o arquipélago guarda a vida e nos mostra que a liberdade é a maior riqueza da Terra

Você já viu alguma baleia de perto? Não estamos falando daquelas Orcas na Disney, onde as gigantes são treinadas a pular, fazer acrobacias, etc. O lance de Abrolhos é curtir as baleias-jubartes em seu habitat, no meio do oceano. Vivendo, lindas, livres, leves (nem tanto) e soltas. Brincando, saltando quando bem entenderem. Sem ordem de ninguém. Sem maus-tratos. É disso que se trata Abrolhos.

Dessa vez, o passeio exige mais do turista, a começar pelo horário. Os catamarãs saem para Abrolhos de uma cidade chamada Caravelas, a 65km de Prado, pontualmente às 6h30. Ou seja, prepare-se para pular da cama por volta das 4h30 e pegar a estrada. Mais uma vez, a proposta é usar e abusar dos serviços que algumas pousadas oferecem à parte.

Após embarcado, são quatro horas e meia em alto-mar, até chegar ao arquipélago. No catamarã, há o ;serviço de bordo;, com café da manhã, almoço e lanche da tarde. Frutas são servidas durante todo o passeio. Afinal, você sai de terra firme nas primeiras horas do dia e só volta ao anoitecer. Abrolhos é formado por cinco ilhas: Santa Bárbara, Siriba, Redonda, Sueste e Guarita. Dessas, apenas a Siriba é aberta aos visitantes e sob a vigia atenta dos fiscais do Instituto Chico Mendes (ICMBio), responsável pela fauna no local. Aos amantes dos pássaros, ali é o que há. Várias espécias, algumas só vistas na região.

Para chegar ao arquipélago de Abrolhos, é preciso enfrentar quatros horas e meia de viagem
O destino é Abrolhos, mas durante as quatro horas e meia de viagem (só de ida) é que a mágica acontece. Tudo vai depender da sorte dos turistas, é claro, mas, em alto-mar, as baleias se divertem. Saltam, abanam as caudas. Esguicham água. Ensinam os filhotes a nadarem. A experiência é incrível.

Chegando ao arquipélago, os cerca de 60 tripulantes do catamarã podem curtir horas de mergulho. Seja por snorkel ou cilindro. O batismo, na segunda modalidade, deve ser pago à parte. A profundidade varia de três a oito metros. Ao fundo, três embarcações naufragadas viram morada para os diversos cardumes coloridos, ouriços, tartarugas-marinhas, arraias... O peixe mais comum no local é o bodião. O azul intenso é inconfundível.

Terminada a visita, hora de voltar. Mas nada de ficar triste pensando ;meu Deus, mais quatro horas e meia no barco;. Devido ao horário, a probabilidade de se deparar com baleias é maior, segundo especialistas na área. E o pôr-do-sol... impagável. Vale cada minuto. Dica: se você é do tipo que enjoa em embarcações, tome um remédio para garantir que seu passeio não seja destruído pelas náuseas.

Comer, comer, comer!

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Todas as refeições podem ser feitas na pousada mesmo, mas o conselho é, obviamente, bater perna e conhecer a gastronomia local. À noite, todos os dias, há um local, próximo à igrejinha, chamado Beco das Garrafas. São, ao todo, 20 restaurantes, com comidas para todos os gostos: peixes, frutos do mar, culinária japonesa, carnes, vinhos, queijos, cervejas especiais...

Um dos restaurantes que o Correio visitou, e indica, é o Jubiabá, sob o comando do baiano Luiz do Carmo, há 17 anos na casa. O bodião preparado com molho de pitanga é impecável. Vale a pena experimentá-lo. Outro lugar de excelente qualidade, e atendimento excepcional, é o Banana da Terra. À frente do lugar, a simpaticíssima Márcia Marques, com seus pratos frutados, risotos e mariscos.

Quer curtir um sushi diferente? Não deixe de visitar o Japa do Beco, do casal Madjara Miliana e Thairo de Freitas. Supertalentosos, educados e criativos, são autores do prato chamado Acarajapa. Uma adaptação deliciosa, recheada com camarões e cream cheese. Não quer jantar, só fazer um lanche mais leve? A simpática Flora é quem convida para degustar as Coisinhas da Maju. Crepes, pastéis, sucos e, é claro, acarajé.

De sobremesa, não dá para fugir dos sorvetes na pedra, feitos com toda técnica e cuidado pela Vanilla Gelateria. Quem dá o tom dos zilhões de sabores é a mineira Fernanda Nogueira. Cansou? Que tal um café, só para fechar com chave de ouro? As meninas do Belo Café, com certeza, têm a receita certa só para finalizar bem essa noitada no Beco das Garrafas. Simpatia de sobra, sabores para todos os gostos. E uns quilinhos a mais, sem sombra de dúvida. Mas sorria, você está na Bahia. Aliás, como dizem por lá: sorria dobrado, você está em Prado. Boa viagem!

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