Outubro vai chegando ao fim e 2018 não demora muito. Há de se concordar que o ano não está sendo fácil. Copa, com Brasil eliminado mais uma vez. Eleições presidenciais, campanhas árduas, ásperas e repletas de acusações. Fora os milhares de problemas pessoais, que cada um enfrenta ao seu modo, tentando manter a dignidade e a cabeça erguida. Dá ou não dá vontade de fugir? Jogar as roupas numa mala e pegar a estrada? Se você estiver com esse pensamento, o Correio oferece uma opção que, sem dúvida, precisa ser considerada: Prado, no extremo sul da Bahia. Bastam alguns dias.
A cidade é pequena, com cerca de 30 mil habitantes. E, como estamos falando de Bahia, a primeira dica é sem pressa. Chegar a Prado não é tarefa fácil para os moradores de Brasília e Entorno. Não há voo direto da capital federal para o paraíso natural, onde é possível apreciar o balé das baleias-jubartes, a culinária baiana (hum... aquela moqueca...) e alguns dos cartões-postais mais encantadores do ;Baêa;. Não é fácil, mas de antemão é preciso avisar: vale a pena!
Prado é aquele lugar de ruas de paralelepípedo, sabe? A cidade, litorânea, fica em uma região chamada de Costa das Baleias. E não é à toa. É por aquelas bandas do Oceano Atlântico que os mamíferos gigantes costumam ir para acasalar, dar à luz e ensinar os filhotes a nadar. Cheia de charme, Prado tem aquela pracinha típica de interior, no centro, onde casais e grupos de amigos curtem o fim de domingo. Você deve estar pensando: ;ok, mas e as praias?. Não se avexe, não! O roteiro é baiano, lembra? Sem pressa... Há, no total, mais de 30 opções de praias na região. São, aproximadamente, 84km de via costeira.
Mar por todo lado
Há praia em Prado mesmo, nem precisa caminhar muito. Tem barraca, cerveja gelada, sucos de frutas nativas e quitutes. Nada mal para quem está no ;mode morgação;. Para conhecer as outras, melhores e mais bonitas, é preciso enfrentar a estrada. A Praia da Paixão, por exemplo, fica a 9km da cidade. É perto, mas não se engane. A dica aos turistas é pagar algum motorista que leve, fique lá e traga o visitante de volta. A estrada é de terra. O passeio é bem rústico mesmo. De uma vez só é possível conhecer a Praia do Tororão, que fica ali, vizinha.
Dica: leve sempre dinheiro em espécie. Nem todos os lugares aceitam cartão, porque não há sinal de internet, por exemplo. Aliás, é um passeio ótimo para desligar a mente e os celulares.
No caminho para as Praias da Paixão e do Tororão há um desfiladeiro imenso, formando um cânion, lugar perfeito para tirar fotos e sentir a brisa bagunçar os cabelos (e acalmar o coração). Esse lugar é chamado de Japara Grande. Em baixa temporada, fica praticamente deserto e turistas usam o local como um mirante. É lindo, mas atenção: quem estiver viajando com crianças não solte as mãos dos pequenos. Não há rede ou grade de proteção. (AC)
* O repórter viajou a convite da Pousada Casa de Maria