Jornal Correio Braziliense

Turismo

Para os amantes de arquitetura e história, dois destinos especiais

Confira um roteiro completo por Zurique e Lausanne, duas das mais belas cidades suíças


A fotógrafa Patrícia Cunegundes visitou o país por cinco dias no ano passado. ;Estava estudando francês em Lyon, na França, e aproveitei para visitar Genebra. As duas cidades ficam na mesma região dos Alpes a menos de 2 horas de trem. Conheci Genebra, passei um dia em uma estação de ski e visitei Lausanne.;

Em Genebra, preferiu visitar a cidade velha, para conhecer a história. ;Recomendo andar pelas ruelas e visitar a Maison Tavel, que fica no prédio mais antigo do local. É interessante para saber mais sobre a origem de Genebra. Há o Museu da Reforma e a Igreja de Saint-Pierre, importantes para entender o impacto que a reforma religiosa de Calvino teve na cidade.


Ela recomenda que os turistas experimentem a gastronomia da cidade, ;não sou fã de fondue, mas fui ao Les Armures, um restaurante tradicional da cidade velha, para provar o prato típico. Aproveitei um dia de sol para caminhar em volta do Lago Léman e conhecer o Bain de Pâquis, onde há várias atividades. O restaurante é disputado, pois tem preços bem camaradas.;

Em Lausanne, Patrícia também deu prioridade aos museus, ;a cidade é menos sisuda que Genebra. Fui ao Museu L;Elysée, de fotografia. Aproveitei a proximidade e visitei o Museu Olímpico. Parei para tomar um vinho em um restaurante à beira do lago e continuei as visitas aos museus: Mudac, de arte contemporânea e design, e Vaud, de belas artes, um dos mais antigos.;

Patrícia chama atenção para a qualidade dos vinhos suíços, ;como não são encontrados com facilidade no Brasil, não sabia que eram tão bons;, conclui.
[SAIBAMAIS]
Confira um roteiro especial recheado de passeios, arte, cultura, história e esportes radicais e aproveite para conhecer o lado bom do nosso adversário.

Zurique


Maior e mais populosa cidade Suíça, Zurique é um lugar de muitas facetas. Apesar de ser uma grande metrópole, a cidade é limpa, organizada, ecoprotetora e histórica. Além disso, é dona de uma agitada vida noturna, sendo uma das cidades europeias com a maior concentração de boates.

Fraumünster

Famosa pelos belíssimos vitrais de Chagall e Giacometti e pela torre que pode ser vista de vários pontos de Zurique, a igreja Fraumünster foi fundada em 853 pelo imperador Ludwig. Patrimônio cultural nacional, a igreja fica ao lado da praça Münsterhof e abriga, também, o Museu da Cripta de Fraumünster.

Igreja St. Peter (Peterskirche)

Erguida no século IX, a Igreja de São Pedro foi originalmente construída em cima de um antigo templo de júpiter. Templo religioso mais antigo de Zurique, após várias reformas, o edifício atual foi consagrado em 1706 como a primeira igreja construída sobre domínio protestante.

Lago Zurique

Um dos mais importantes lagos europeus, e também o mais limpo da Suíça, no passado o Lago Zurique era utilizado somente como rota de transporte, hoje é um local popular para passeios. Excursões de barco pelo lago são uma ótima maneira de conhecer a cidade, na orla estão várias atrações, como Rapperswil, a ;cidade das rosas;, que possui 15.000 mil roseiras. Os turistas também podem visitar o Centro Histórico, o castelo medieval, o Zoológico Infantil Knie e mergulhar no maior parque aquático coberto da europa, o Alpamare.

Catedral Grossmünster

A Catedral românica construída em meados de 1.100, é uma das maiores igrejas protestantes da cidade. Segundo a lenda, a igreja foi encomendada por Carlos Magno em homenagem aos patronos padroeiros de Zurique, Felix e Regula. Hoje a igreja abriga o museu da reforma protestante, suas torres gêmeas já se tornaram um marco arquitetônico na cidade.

Zurich West

O bairro mais descolado de Zurique merece uma visitinha. O que antigamente era um distrito industrial foi reciclado e hoje é um bairro arrojado, com muito grafite, arquitetura, galerias, decoração, arte e gente estilosa. O conceito de reciclagem foi empregado, pois a maior parte da estrutura antiga permanece e é utilizada com outra função. Por exemplo, a fábrica de navios virou teatro e restaurante, já a fábrica de sabão hoje abriga lofts e escritórios moderninhos.

Lausanne


Cidade de contrastes e capital do cantão de Vaud, Lausanne é a segunda maior cidade às margens do Lago Léman e a quarta de toda a Suíça. Construída sob colinas, o município é recheado de amplos calçadões, pequenas vielas, construções medievais e modernas. Apelidada de capital olímpica mundial, a cidade sedia 55 associações esportivas internacionais, entre elas o comitê olímpico nacional, desde o início do século 20.

Antigo acampamento romano, o local era chamado de Lousanna, nome que posteriormente se tornou Lausanne. Após a queda do império, os moradores, em busca de segurança, se mudaram para um local montanhoso, onde hoje é o centro de Lausanne.

Museu histórico de Lausanne

O Museu Histórico de Lausanne conta a história da cidade desde 1918, sob as óticas urbana, econômica e social, mostrando todas as mudanças que a cidade sofreu desde seu período pré-histórico. Instalado no Palácio do Bispo, que data do século XI, o museu conta com exposições permanentes e temporárias e um acervo de 550 mil obras e objetos, entre eles pinturas a óleo, gravuras, mapas, pôsteres e fotografias. Seu item de maior prestígio é um modelo da cidade vista de cima no século XVII, que se baseia num mapa de 1638.

Catedral de Lausanne

Inaugurada em 1215, a construção da Catedral durou 20 anos. A construção da igreja foi atribuída a várias pessoas ao longo dos anos, sendo erguida em três fases. Inicialmente a adotou o estilo românico, anos depois, um segundo arquiteto assumiu a obra, dando continuidade em estilo gótico. Por fim, um terceiro profissional assumiu e concluiu a obra, adicionando a fachada ocidental e uma das torres. O tour pela catedral vai interessar principalmente aos amantes de história e arquitetura. Passeios guiados gratuitos podem ser realizados de julho a setembro.

Museu olímpico

Um dos museus mais visitados do mundo, o Museu Olímpico foi criado com o objetivo de promover e divulgar o espírito olímpico. Inaugurado em 1993 o museu exibe objetos históricos, incluindo tochas olímpicas de todas as edições dos Jogos Olímpicos e equipamentos usados pelos melhores atletas a ganhar a medalha de ouro. Ele conta também com uma estrutura moderna, interativa e vibrante, computadores e robótica permitem que o turista reviva grandes conquistas do esporte. Além disso, o museu inclui biblioteca, videoteca, Centro de Estudos Olímpicos, auditório e um restaurante com vista panorâmica.

OUCHY

Antiga vila de pescadores, Ouchy só descobriu seu potencial com o crescimento do turismo ao redor do Lago Léman. Hoje é um dos principais pontos turísticos de Lausanne quando se trata de natureza, ócio e relaxamento. Ciclistas, skatistas e caminhantes desfrutam das passarelas floridas e da orla do lago. Um dos pontos mais visitados de Ouchy, além do Museu Olímpico, é o Cháteau d;Ouchy. O castelo medieval que data do século XIII, hoje, é um prestigiado hotel de quatro estrelas.

Quartier du flon

Este é um dos bairros mais badalados de Lausanne, ideal para quem busca diversão e variedade. Antigo distrito de armazéns, o bairro é uma junção de várias ruelas abarrotadas de cafés, lojas, empórios, bares, restaurantes, boutiques, cinemas e feiras de produtos naturais.

Palácio de Rumine

Construído entre 1891 e 1906, o Palácio Rumine pertencia ao herdeiro da nobreza russa, Gabriel Rumine, que o doou à cidade de Lausanne após sua morte. De características renascentistas, abriga os museus e a biblioteca universitária. A entrada é gratuita.

Vinhedos de Lavaux

Próximo de Lausanne, ainda dentro do cantão de Vaud, ficam os vinhedos de Lavaux, passeio imperdível não só pelo vinho, como pelas incríveis paisagens campestres. Considerado patrimônio cultural mundial pela UNESCO, os vinhedos são cultivados carinhosamente por gerações e gerações de famílias locais. Trilhas educacionais cercadas pelos Alpes e pelo Lago Léman são promovidas pelos viticultores. Os produtores oferecem degustações de vinho e, claro, passeios pelos vinhedos em qualquer estação do ano.


* Estagiária sob supervisão de Taís Braga