Pouco mais de um século após o descobrimento do Brasil, nasceu a Vila de Caeté, com a ajuda de centenas de portugueses que imigraram para o novo território. Hoje, com cerca de 120 mil habitantes, o município de Bragança, no Pará, tem tanto brilho quanto Belém, a capital do estado. Além dos prédios históricos ; muitos em processo de restauração ;, as belezas naturais da cidade e arredores encantam os visitantes e convidam para descobrir as maravilhas do Norte do país.
[SAIBAMAIS]Situada no litoral do estado, Bragança conta com diversas praias. A mais conhecida é a Praia de Ajuruteua, distante 36km da sede do município. O acesso é terrestre pela rodovia PA-458. Antes de chegar às areias brancas da praia, o visitante cruza regiões de campos naturais alagados e de mangue. Ao longo do litoral, outras praias são acessíveis de barco a partir de Ajuruteua, que dispõe de algumas pousadas e restaurantes. São os casos das praia Vila dos Pescadores, Chavascal, do Pilão, do Grilo, Boiçucanga. Outro destaque do litoral bragantino é a Ilha do Canela. Ela abriga um grande número de ninhos de aves da espécie guará, o que a tornou conhecida como o maior ninhal de guarás do mundo além de uma área de proteção ambiental permanente.
Gastronomia
A culinária é um dos principais atrativos do Pará. O açaí, por exemplo, ganhou fama nos últimos anos e se tornou o queridinho de atletas e adeptos da alimentação saudável. Outros pratos típicos como peixes, pato no tucupi, tacacá, maniçoba, moqueca paraense e mariscada são uma ótima pedida nos restaurantes pequenos, mas aconchegantes, de Bragança. O jambu, planta que causa uma pequena dormência na língua, está presente em uma variedade de pratos paraenses. Camarões e caranguejos completam o menu regional.
Um ingrediente simples e muito conhecido pelos brasileiros chama a atenção em Bragança: a farinha bragantina tem ganhado cada vez mais reconhecimento. Ela participou algumas vezes do festival Terra Madre, organizado pelo movimento Slow Food em Turim, na Itália. Recentemente foi um dos ingredientes levados pelo chef paraense Thiago Castanho ao programa MasterChef Brasil, da TV Bandeirantes, que teve como tema os ingredientes do Norte.
Arte em quilos
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Na arte de fazer a farinha tão famosa, destaca-se Benedito Batista da Silva, o Seu Bené, de 70 anos. Ele começou a fazer farinha aos 12 anos, depois que o padrasto dele morreu e deixou a mãe dele viúva. Desde então, Seu Bené se dedica desde o plantio da maniva até a embalagem do produto, uma cesta de origem indígena chamada paneiro, feita com a fibra e a folha da guarimã.
*Viagem a convite do Ministério do Turismo