Jornal Correio Braziliense

Turismo

Um éden de 115 ilhas em meio às águas cristalinas do Oceano Índico

São 115 ilhas de coral e granito, cercadas pelo Oceano Índico, que formam praias bem tranquilas. Várias delas ainda permanecem intocadas. O ambiente é ideal para recém-casados, que buscam privacidade, tranquilidade e romantismo num cenário de sonho


Reza a lenda que o jardim de Éden original era o que, hoje, se conhece como o arquipélago de Seychelles. A pequena nação ; que conta com apenas 91 mil habitantes ; se espalha por 115 ilhas no Oceano Índico, próximo a Madagascar. Muitas dessas pequenas ilhotas são intocadas pelo ser humano, verdadeiros paraísos onde se pode passar um dia, mas jamais pernoitar. Outras são cuidadas por apenas uma pessoa.

[SAIBAMAIS]Deu para imaginar o cenário? O mar em vários tons de azul, tranquilo, com poucas ondas e quente ; a temperatura fica entre 26;C e 30;C ;, árvores que fazem sombra e nenhum vendedor ambulante à vista. São praias desertas. É o local escolhido para lua de mel de vários casais ao redor do mundo, entre eles o príncipe William e a duquesa de Cambridge, Kate Middleton.

Seychelles é considerada pelos cientistas um dos territórios imóveis mais antigos do planeta. Os primeiros a encontrar as ilhas foram os portugueses, um ano depois de colocarem os pés no Brasil, e as apelidaram de as Sete Irmãs, mas só em 1609 realmente se foi a Seychelles. Em 1770, os franceses resolveram colonizar o arquipélago, que, até então, era inabitável. Anos depois, os ingleses reivindicaram o território. Imigraram africanos, indianos e árabes. Finalmente, em 1976, o país conquistou a independência.


Por causa de toda essa colonização, o povo de Seychelles se considera um ;caldeirão fervente de cultura;, onde várias etnias se misturam e acontecem ao mesmo tempo. Os estudantes aprendem o criolo no começo da alfabetização, mas logo entram em uma parte do ensino no qual todo o conteúdo é ministrado em inglês e há aulas de francês obrigatórias. Isso mesmo, a maioria dos seychelloises é trilíngue.

Em três das 115 ilhas se concentra a população, que sorri o tempo todo e cumprimenta a todos. A ilha de Mahe, onde fica a capital, Victória ; uma das menores capitais do mundo ;, é a maior do arquipélago. São 224 quilômetros quadrados de um cenário que mistura as praias paradisíacas com montanhas cobertas de vegetação tropical.

Big Ben


A cidade minúscula abriga um templo hindu pequeno, mas bastante colorido, uma réplica em miniatura do Big Ben, o icônico relógio inglês erguido em 1903, em homenagem ao jubileu de ouro da rainha Victoria. O mercado Sir Selwyn Clarke Market é onde os nativos e os turistas podem encontrar frutos do mar frescos, frutas tropicais, suvenires e temperos cultivados na ilha. Há poucas opções de restaurante e boates, mas os lugares possuem algumas indicações.


Algumas das praias mais bonitas da ilha de Mahe são Beau Vallon, que abrigam alguns resorts e tem águas calmas e ótimas para a prática de esportes aquáticos; Anse Intendense, que parece uma praia deserta de filme; Anse Soleil; Anse Royale e a Petit Anse, a praia do hotel Four Seasons, que pode ser acessada aos não hóspedes por uma trilha.

Pelo cenário paradisíaco e resorts luxuosos, Seychelles é um conhecido destino para luas de mel. Muitos casais visitam o arquipélago, mas é visível a quantidade de crianças e famílias que invadem as praias desertas.

O governo de Seychelles é atento à sustentabilidade e à preservação de suas ilhas, uma vez que a fauna e a flora, além das praias paradisíacas, são ass atrações. Para conservar, a população é bastante consciente e o país tenta adotar a energia eólica.


Gosto apurado
Por ficar no Oceano Índico, Seychelles tem o clima ideal para o cultivo de temperos. Nos mercados e no restaurante Le Jardin du Roi, são vendidos produtos plantados na ilha, que também cultiva chá verde. Nas florestas, é fácil encontrar árvores de canela, pés de baunilha e cravo, páprica, pimenta, açafrão e muitos outros temperos. O principal produto de exportação de Seychelles é o óleo de coco, que também é encontrado à venda facilmente.

A cozinha
Por ter uma cultura tão misturada, a cozinha creola também é muito variada. Da Índia vem os pratos com curry; da China, o arroz, os vegetais e o peixe assado; da França, as ervas aromáticas e da costa da África, o leite de coco e as infusões de banana. Todas essas influências são aplicadas na grande oferta de frutos do mar e de frutas tropicais ; tudo com pimenta!

Saiba mais

Como chegar
; Há dois caminhos para chegar a Seychelles. Saindo de São Paulo, é possível optar por uma conexão em Johannesburgo, na África do Sul, ou em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. De lá, saem aviões da Air Seychelles, companhia estatal responsável pelo transporte de turistas até a ilha. O vôo de São Paulo a Abu Dhabi é longo ; cerca de 14 horas ; e, depois de seis horas de escala, há mais cinco horas até Mahe.

Como entrar
; Não há febre amarela em Seychelles, uma vez que o mosquito responsável pela transmissão da doença não existe no território seychelloise. Mesmo assim, é preciso tomar a vacina de febre amarela com até dez dias de antecedência à viagem. Para saber quando a vacina estará disponível, basta se dirigir ao posto de saúde mais próximo. Pessoas que já tomaram a vacina duas vezes não precisam mais se imunizar, desde que possam comprovar as aplicações. Em seguida, é preciso que o certificado de vacina seja internacional. Para imprimir o comprovante e receber o cartão internacional de vacina, é preciso ir ao posto da Anvisa no aeroporto de Brasília, preencher um formulário e apresentar os comprovantes. É preciso apresentar o cartão no ato do embarque no Brasil e ao chegar a Seychelles.

Como se locomover
; O melhor meio de se locomover dentro das ilhas é alugando um carro ; a diária fica na casa dos 45 euros. Como o país foi colonizado pelos ingleses, os seychelloises dirigem à direita, e é preciso prestar atenção nas vias estreitas e mal iluminadas à noite. O sistema de ônibus também funciona relativamente bem, apesar da frota ser pequena e antiga. A passagem custa cinco rúpias, cerca de 25 centavos de dólar. Entre Mahe, La Digue e Presin, uma balsa faz o percurso, que também pode ser feito por avião ou helicóptero. Em La Digue, o transporte é feito por bicicletas ou por carro de boi.

Onde se hospedar
; Seychelles tem opções para todos os gostos. Para quem viaja economicamente, há aluguel de quartos em casas de família. Mas o forte do arquipélago são os resorts. O novíssimo Savoy Resort e Spa, construído em 2013, oferece quartos amplos, com ar condicionado (item essencial para sobreviver ao calor), banheira, televisão e frigobar à poucos metros da praia de Beau Vallon.

; Aos que procuram um destino de luxo, o Four Seasons Seychelles é uma excelente opção. Por mil euros a noite ; no quarto mais barato, enquanto os bangalôs com vista custam o triplo do valor ;, o hóspede tem à disposição uma piscina particular com vista para a praia privativa de Petit Anse.

; Em Praslin, o hotel Acajou Beach Resort oferece uma hospedagem menos luxuosa, mas muito bonita e bem cuidada na praia de Anse Volbert. A maioria dos quartos tem vista para o mar e a piscina do resort é de borda infinita com vista para a praia.

Comunique-se

Quase todos os nativos falam inglês, mas é sempre útil saber um pouco de creole.

  • Você fala inglês? - Ou koz angle?
  • Meu nome é - Mon apel
  • Onde posso achar um ônibus ou taxi? - Kote mon kapab pran en bis/taxi?
  • Você pode me levar ao aeroporto? - Amenn mwan kot airport silvouple?
  • Você aceita cartão de crédito? - Mon kepab servi kart pou peye?
  • Quanto isso custa? - Konbyen I koute?
  • Onde é o banheiro mais próximo? - Kote toilet pli pre I ete?
  • Preciso de ajuda - Ed mwan
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  • Tchau - Orevwar
  • Por favor- Silvouple