Berlim é mais uma daquelas cidades que dispensam apresentações. Simplesmente é um dos maiores símbolos da Segunda Guerra Mundial, quando foi dividida em lado oriental e outro ocidental. É por aí que começamos o passeio pela cidade. Na primeira vez que se vê os pedaços remanescentes daquele que foi o Muro de Berlim, sente-se o peso da história. O que antes serviu para isolar uma parcela da população, hoje é um espaço que recebe obras de arte de pintores de todo o mundo. Ainda que por detrás de pinturas, na East Side Gallery, ver o muro de perto é uma visita obrigatória.
[SAIBAMAIS]Outros pontos turísticos merecem uma visita: o Memorial dos Judeus Mortos da Europa (ou Memorial do Holocausto) e o Portão de Brandemburgo. O primeiro se tornou um símbolo da cidade, homenageando os judeus perseguidos durante o regime ditatorial de Adolf Hitler. Construções em diferentes alturas que simulam túmulos deveriam conferir um ar fúnebre ao espaço, mas não é o caso. Muitos jovens incorporaram o lugar como um playground, saltando de um bloco para o outro. Ao tornar-se ponto turístico bastante visitado, no qual pessoas brincam escondendo-se uma das outras, ganhou uma aura de vida. Já o Portão de Brandeburgo e a Pariser Platz (Praça de Paris), que fica em frente ao portão, são dois lugares icônicos de manifestações da cidade.
Uma visita obrigatória é a famosa Torre de TV. Com ingresso, que custa 19,50 euros, é possível subir ao topo e ter uma visão privilegiada da cidade. Uma boa dica é comprar o bilhete com antecedência e evitar filas. Vá até ela, mesmo se não estiver com vontade de subir, pois a torre está localizada na Alexanderplatz, uma espécie de praça cercada de atrações, como feiras e lojas, onde é certo encontrar lembrancinhas, além de locais para comer ou tomar uma cerveja. E por falar em cerveja, dependendo da época do ano, você pode ter a sorte de encontrar um festival. E, todos sabem, o povo alemão sabe fazer cerveja. São boas e baratas.
Pulgas
Um bom lugar para se hospedar em Berlim é em Friedrichshain, que, apesar de ser um dos bairros da moda atualmente, tem opções baratas de hostels e também pelo sistema de aluguel de casas e cômodos. Por lá, vale a pena ir a um mercado de pulgas próximo a Boxhagener Platz. Você vai encontrar de tudo: desde anéis, abotoaduras, discos, porcelanas até objetos de época, além de ser um lugar com alguns food trucks para socorrer na hora que bater a fome. Há ainda quadros e roupas que podem ser barganhados.
Ainda em Friedrichshain, aproveite para conhecer os restaurantes, de várias nacionalidades, e que servem os pratos acompanhados, claro, de cerveja. Portanto, não estranhe caso você peça um sushi e para tomar venha uma caneca da bebida. Vale a pena entrar nas lojas de camisetas, que oferecem produtos confeccionados por artistas locais.
Ao visitar Berlim, a impressão que fica é de uma cidade quase underground, que sempre terá algo a ser descoberto ou explorado com mais calma. É praticamente impossível não fazer comparações entre os lados ocidental e oriental do muro, conhecer o antigo e o novo, tudo no mesmo lugar. O adeus a Berlim ficou com um gosto de que um dia haverá a volta. Até que isso volte a acontecer: auf Wiedersehen! ou só um ;até logo; mesmo.
Em casa ou no sofá
Uma boa dica para economizar ainda mais na hospedagem, é procurar por sites que alugam quartos em casas ou até mesmo o sofá. Um dos mais famosos é o AirBnB (www.aribnb.com), com pelo menos um local à diposição nas cidades do mundo. Para usá-lo, basta fazer o cadastro e procurar o tipo de acomodação que desejar.O Couchsurfing (www.couchsurfing.org) tem dinâmica parecida, mas só a opção de dividir o lugar com alguém.
Conte a sua experiência
O Turismo quer conhecer os lugares pelos quais você passou, seja no mochilão, seja por meio do turismo tradicional. Você pode enviar as suas fotos para turismo.df@dabr.com.br ou pelo Instagram por meio da hashtag #turismocb. As melhores fotos vão aparecer no perfil do Turismo (@turismocb) nessa rede social. Aproveite também para contar como foi a sua viagem e dar dicas aos outros leitores.
Onde ficar
Riverside Lodge Berlin
riverside-lodge.de
Hobrechtstr 43/corner Maybachufer
Diária a partir de R$ 70 para acomodação em quarto com quatro pessoas
EastSeven Berlin Hostel
eastseven.de
Schwedter Str. 7
Diária a partir de R$ 62 para acomodação em quarto com oito pessoas
Jetpak Alternative
jetpakberlin.com
Goerlitzerstrasse 38
Diária a partir de R$ 61 para acomodação em quarto com oito pessoas
Hoffmanns Hostel
hoffmanns-hostel.de
Charlottenburgerstrassen 135
Diária a partir de R$ 69 para acomodação em quarto duplo com banheiro compartilhado
PLUS Berlin
plushostels.com
Warschauerplatz 6-8
Diária a partir de R$ 48 para acomodação em quarto com seis pessoas
Onde comer
Sophieneck
sophieneck-berlin.de
Grossee Hamburger Strasse 37
Horário de funcionamento: de segunda a sábado, das 12h às 2h; aos domingos, das 12h à 1h
Bavarium
bavarium-berlin.de
Tauentzienstrasse 9-12
Horário de funcionamento: todos os dias, das 12h à 0h
Mumtaz
Bayreuther Strasse 3
Horário de funcionamento: todos os dias, das 12h à 0h
Alex
Panoramastrasse
Horário de funcionamento: de domingo a quinta, das 9h à 1; às sextas e aos sábados, das 9h às 3h
Curry 66
Grunberger Strasse 66
Horário de funcionamento: de segunda a quinta, das 11h às 23h; às sextas e aos sábados, das 11h às 3h; e aos domingos, das 11h às 22h
Dicas
Metrô
O alemão pode ser, para alguns, um idioma mais complicado de se entender. Mas não é por isso que vai deixar de usar o metrô da cidade. Antes de partir, baixa no site do Correio o mapa do transporte e tenha em mente que, além do trem subterrâneo (indicado pelas estações U-Bahn), há o S-Bahn (de superfície) e os trams. O metrô de Berlim está dividio em zonas, como o de Londres, no entanto, lá são só três (A, B e C). Quanto mais distante for a localidade, mais cara a passagem. O preço máximo para transitar nas três áreas é de 3,30 euros. Há um bilhete válido por um dia todo, mas apenas para as regiões A e B, que custa 6 euros. Depois de saber isso, use um aplicativo do celular para localizar o endereço que vai querer ir. Memorize a estação e a direção e vá se divertir ; sem se atrapalhar com o idioma.
Trem
São quatro estações principais em Berlim: Berlin Spandau, Berlin Gesundbrunnen, Station Berlin Südkreuz e Station Berlin Ostbahnhof, sendo essa a última a que faz mais ligações entre os principais aeroportos. Os bilhetes para os trens podem ser comprados nesses locais. Além de máquinas self-service, há lojas com atendentes que falam inglês. As tarifas são razoáveis, por exemplo, para ir de Ostbahnhof para o Aeroporto Sch;nefeld, paga-se 3,30 euros.
Lugares próximos
Hamburgo e Hannover são duas das cidades mais próximas a Berlim. Na primeira, não faltam atrações. São 31 teatros, seis auditórios, 50 museus e 4 mil restaurantes. Na segunda, antes de ir, olhe o calendário de eventos da região. O local é conhecido por ter as melhores feiras de todos os tipos, desde eletrônicos a objetos para casa.
Para saber mais
O grande portão
O Portão de Brandemburgo, que antes separava o leste e o oeste da cidade, passou a ser o maior símbolo da unidade alemã. O portão foi construído entre 1788 e 1791 e modelado segundo os propileus da Acrópole de Antenas. São seis coluna dóricas, de ambos os lados, com 11 metros de profundidade, que formam cinco passagens. No alto, há um quadriga, desenhada por Johann Gottfried Schadow, que aponta para o oeste. Desde outubro de 2002, devido a uma decisão do senado de Berlim, não há mais trânsito de automóveis na região. A praça que fica em frente ao portão é a Pariser Platz, ou Praça Parisiense. Em torno dela, foram construídas residências, embaixadas (inclusive a da França) e hotéis. O local também é palco de protestos e movimentos, como quando um grupo protestou contra a morte de crianças palestinas após uma ofensiva de Israel, no ano passado.
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