Assim que desembarca em La Paz, com mais de 900 mil habitantes, o turista está sujeito a alguns ;choques;. O primeiro, mais óbvio, é em relação aos efeitos de seus 3,6 mil metros de altitude. O segundo diz respeito à formação da cidade: situada junto a um cânion em meio à Cordilheira dos Andes, boa parte das casas e dos prédios são erguidos nas encostas de morros, o que pode passar aos mais desavisados a impressão de se tratar de uma ;favela gigante;. O terceiro é que, apesar de preservar as raízes, com a cultura aimará presente nas ruas e na fisionomia das pessoas, a cidade é, ao mesmo tempo, cosmopolita, com trânsito caótico ; e sem sinalização ;, carros (e buzinas para todos os lados), certa desorganização, homens de negócios...
A cidade é compacta. As grandes atrações se concentram no centro. Dá para fazer quase tudo a pé. No triângulo formado entre as praças Murillo, San Francisco e Del Estudiante, concentram-se os principais museus, como o Nacional de Arte e o Museu da Coca. Também ficam na mesma região o Palácio Legislativo (sede do parlamento boliviano, com visitas guiadas) e a catedral, construída em 1835, em estilo barroco. Para os fãs de artesanato, próximos às calles (ruas) Sagárnaga e de Las Brujas estão espalhadas várias feiras com imensa quantidade ; e variedade ; de barracas.
A Calle Jaén, rua em estilo colonial, tem algumas das casas mais conservadas da cidade. Ali, é possível conhecer quatro museus pagando um só preço (10 bolivianos): Museo costumbrista, Museo del litoral boliviano, Museo de Metales Preciosos, Museo Casa de Don Pedro Domingo Murillo. Para quem já estiver aclimatado à altitude e com disposição para andar, ver o pôr do sol no Mirador (mirante) Laikakota, no Bairro de Miraflores, é outra atração imperdível. De lá, é possível ter uma visão panorâmica da cidade ; depois de uma subida de 360 degraus, mas vale o esforço.
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