Juliana A. Saad, Especial para o Correio
postado em 05/02/2014 09:11
Chamada de Red City, pela cor vermelha da terracota a recobrir os edifícios da cidade e provoca uma luminosidade diferente, Marrakech é o mais importante destino do país e cristaliza todas as facetas que encantam o viajante em busca de algo muito diferente. Fundada em 1062, nas proximidades das montanhas Atlas, tem hoje cerca de 670 mil habitantes e sempre fascinou gente famosa (Mick Jagger, Hitchcock, Chaplin, Paul Bowles, Marlene Dietrich, Winston Churchill, Yves Saint Laurent, Talita Getty ; a lista é longa), e continua a exercer esse poder.
[SAIBAMAIS]Pelas ruas, ouve-se facilmente uma balbúrdia de idiomas falados por turistas e pelos próprios locais que, no afã de agradar e vender, expressam-se por meio de uma colcha de retalhos, junta o árabe, o espanhol, o italiano, o inglês e até um arriscado português com ;por favor;, ;obrigado;, ;bem-vindo; ou o que for mais oportuno na hora. Vendedores espertíssimos estão em toda parte nos souks (mercados) da Medina ; a parte antiga e murada da cidade ;, em lojinhas e portas escondidas nas ruelas labirínticas.
Não se pode acanhar, é preciso pechinchar sempre, faz parte da cultura. O sorriso do início da conversa desaparece quando o possível comprador oferece, por exemplo, 50% do valor pedido inicialmente. Eles fazem cara de bravo, gesticulam, falam alguma coisa em árabe parecendo xingamento e, quando se recusa a compra (faz parte da encenação), eles correm atrás da pessoa, e o objeto pretendido sai por algo em torno de 60% do preço inicial. O sorriso volta e tudo começa novamente com o próximo turista.
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