Jornal Correio Braziliense

Turismo

Suíça investe em nova abordagem do turismo, que foge à frieza de Zurique

O que sempre lembra a Suíça está prestes a mudar, mas a vista e a gastronomia seguem sem precedentes

Appenzell e Chur (Suíça) - Esqueça a Suíça. Ou, ao menos, esqueça o que você associa ao país assim que o nome vem à mente. Canivete, queijo, relógio, banco; (o chocolate não faz parte dessa lista, até porque seria um pecado). A região que está em alta entre os habitantes locais, hoje, é aquela que foge às cidades mais famosas, como Zurique, Genebra, Lausanne, Berna e Basileia (quinteto que, aliás, responde por quase um quarto dos 8 milhões de habitantes). O convite visa mirar a bússola em direção ao leste, onde a natureza e um cotidiano voltado às tradições ditam um ritmo bem distinto daquele associado aos negócios.



Duas dessas capitais abrem o pano do que se deve ver na Suíça, se a pedida for fugir dos destinos óbvios. Appenzell, próxima à Áustria, uma cidadela de pouco mais de 5 mil habitantes (menos do que a goiana São João D;Aliança, por exemplo), e Chur, na direção da Itália, com 35 mil habitantes (menos do que a região administrativa do Sudoeste), são um singelo retrato do país que tem a opção de se esconder da frota bilionária de carrões de Zurique e adotar outro ritmo, bem menos veloz ou esportivo.

É uma viagem ao interior. Com o que tudo isso implica. Ali, os suíços são mais suíços e, a tiracolo, conservadores. E o cotidiano countryside vai te abordar em todas as esquinas. Ou, em termos práticos, se você optou por alugar um carro, prepare-se para encostar enquanto a boiada passa (nada muito diferente do interior de Minas ou de Goiás, por exemplo). Mas as semelhanças ficam nisso: há vinhos raros, cervejas artesanais, o impacto visual dos Alpes e, claro, os chocolates, afinal, não deixa de ser a Suíça que conhecemos.