Turismo

Europa aprimora produção da bebida mais consumida no mundo: a cerveja

Há, inclusive, um SPA, no qual os turistas do Velho Continente são convidados a mergulhar em banheiras de chope

postado em 11/09/2013 08:49
Estudos arqueológicos apontam que os sumérios, por volta de 4000 a.C., inventaram a cerveja. Mas foi na Europa que a bebida passou a ser produzida em grande escala e, em alguns lugares, chegou a ter mais consumo até do que a água, uma vez que o processo de fermentação eliminava impurezas e a deixava segura para ser ingerida.

Munique, na Alemanha; Pilsen, na República Tcheca; e Bruxelas, na Bélgica, são conhecidas no mundo como berços das mais apreciadas cervejas do mundo
Os principais responsáveis pelo desenvolvimento da bebida no Velho Continente foram os monges católicos, pois, em períodos de jejum, muitos eram proibidos de comer, mas podiam beber à vontade. Assim, cada monastério passou a criar receitas que deixassem a cerveja mais saborosa e nutritiva.



Munique, na Alemanha; Pilsen, na República Tcheca; e Bruxelas, na Bélgica, são conhecidas no mundo como berços das mais apreciadas cervejas do mundo. O Turismo indica os melhores lugares desse continente para se apreciar uma gelada.

Pilsen, República Tcheca

Além de produtores, os tchecos são conhecidos no mundo da cerveja, principalmente, pelo maior consumo per capita da bebida no planeta. Estima-se que cada habitante do país beba, em média, mais de 140 litros por ano. O número é alto, mas, ao levar em conta a qualidade local, não é de se espantar. Especialistas afirmam que na região estão os fabricantes mais renomados do planeta.


A cidade de Pilsen, a pouco mais de 90km de Praga, é o berço da cerveja do tipo lager (de baixa fermentação), a mais consumida no mundo, inclusive no Brasil. Essa fama atrai turistas que podem visitar diversas cervejarias locais para degustar uma boa bebida.


Além de saborear a iguaria, no SPA da fabricante Chodovar (acima), é possível relaxar em uma banheira repleta do precioso líquido. Os especialistas do local afirmam que a imersão, aliada às massagens, tem poderes medicinais. Para casais apaixonados ; um pelo outro e pela cerveja, claro ;, algumas fábricas, como a Pilsner Urquell (ao lado), podem ser usadas como palco de casamento.


Na cidade, fica também o Museu da Cerveja, que conta a história da bebida no país e oferece um passeio por catacumbas usadas como depósito a partir do século 13.


Para os menos aficionados pela loira gelada, Pilsen reserva outras atrações como a Catedral de São Bartolomeu, de estilo gótico e construída entre os séculos 13 e 18; e a Grande Sinagoga, a terceira maior da Europa, datada do século 19, e que, além dos fins religiosos, pode ser visitada por turistas. Os dois monumentos revelam uma das características do país que é a diversidade religiosa.


Outro atrativo são os preços. Apesar de fazer parte da União Europeia, a República Tcheca não adotou o euro, sendo a coroa tcheca a moeda local. Por ser menos valorizada (1 coroa tcheca equivale a, aproximadamente, R$ 0,12), as quantias gastas acabam sendo menores. Uma boa cerveja custa pouco mais de R$ 4.

Munique, Alemanha

Outro país bastante conhecido pelo consumo e pela produção de cerveja é a Alemanha. Entre as cidades símbolos dessa tradição está Munique, sede do maior evento em comemoração à bebida, a Oktoberfest (leia mais nas páginas 4 e 5), que ocorre todos os anos entre o fim de setembro e o início de outubro.


Mas não é só no festival que os alemães celebram com a iguaria. Em tempos quentes, muitos apreciadores se reúnem em pequenos bares rodeados de jardins com árvores e mesas, chamados beer gardens (jardins de cerveja, em português) (acima); a lista completa desses locais está disponível em www.munichbeergardens.com. A ideia surgiu no século 19, quando as cervejarias locais buscavam uma forma de manter baixa a temperatura dos barris mesmo no verão. A solução foi colocar os tonéis embaixo de sombras de árvores e vender o produto para o consumo ali mesmo.


Atualmente, existem cerca de 180 beer gardens na cidade. Alguns fazem parte de bares e restaurantes, outros são públicos e podem ser usados por qualquer um que queira levar a própria bebida e comida.


A capital da Baviera oferece também passeios turísticos temáticos. É o caso do Beertour, que tem um passeio em um ônibus passando por diversos pontos da cidade importantes para a história da cerveja e, claro, por fábricas locais.
Outra opção é a visita à tradicional cervejaria Paulaner (à direita). O tour pode ser reservado pela internet no site da empresa e conta com filmes e passeio pela fábrica, explicando o processo de produção da bebida. Ao fim, petiscos e canecas cheias são oferecidas aos visitantes.


Para quem quiser ir além dos passeios para turistas, a cidade oferece centenas de opções de cafés, bares e pubs, nos quais se pode beber e apreciar a cozinha local, muito recomendada.

Passeios

Cervejaria Pilsner Urquell
Funcionamento: de segunda a domingo, das 8h às 17h
Preço: 190 coroas (cerca de R$ 23)

Museu da Cerveja
Funcionamento: de segunda a domingo, das 10h às 17h
Preço: 100 coroas (cerca de R$ 12)

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