É fácil encontrar gente vinda dos mais diferentes lugares do país e do mundo. A argentina Estela Rollieri mora no Brasil há quinze anos, mas veio à São Jorge especialmente para o festival. Artesã na maior parte do tempo, ela montou uma barraca de pizzas na chapa. Estela acredita que vai lucrar mais, já que a concorrência de barraquinhas de artesanato é maior.
As ruazinhas de terra e as dezenas de pousadas costumam lotar em época de férias. O encontro ajuda a aumentar esse movimento. A podóloga Maria de Freitas veio de Taguatinga, no Distrito Federal. Morando a 240 quilômetros dali, ela nunca tinha visitado a região. Enquanto aproveitava o Sol numa das pedras da Cachoeira São Bento, em Alto Paraíso de Goiás, disse que se surpreendeu. "Fiquei encantada com a natureza, as pessoas daqui, muito educadas, tratam a gente muito bem, sabe? Muito tranquilo, tô gostando muito."
Assim como a argentina Estela, o jovem Patrick Belém também apostou na fome dos visitantes. Curitibano, formado em jornalismo e, também, músico, ele sobrevive na cidade vendendo sanduíches naturais em uma caixa térmica, no cinema a Céu aberto. A Mostra CentroéCine exibe mais de 20 longas e curtas-metragens em tela montada sobre um caminhão. O ponto de encontro reuniu, ainda, pipoqueiros, vendedores de bebidas e artesãos.
O Encontro de Culturas oferece, ainda, oficinas que ensinam a população local a trabalhar com materiais típicos da região. Entre os produtos, estão o artesanato com sementes, sabão feito com plantas do Cerrado e remédios caseiros. Ao mesmo tempo que ajudam na geração de renda, preservam o meio ambiente ao promover o extrativismo sustentável.